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Tecnologia

Inovação e Expansão: Pinó – O Sucesso de um Ano como Líder do Spin-off

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No universo da inovação, celebrar o primeiro aniversário de uma empresa é um marco importante. Ainda mais quando esse caminho começa de maneira singular e se consolida em uma corporate venture builder, que ganha tração a cada novo projeto lançado, ampliando os resultados e reconhecimento de seu nome no mercado. Esse é o caso da Pinó.
Agora, em outubro, a marca comemora seu primeiro como empresa constituída. Sua história, no entanto, tem início bem antes – e não é exagero afirmar que vem sendo construída há mais de um século.
Criada a partir de uma organização existente, focando em um nicho específico ou oportunidade de mercado, geralmente para melhorar o desenvolvimento de um produto ou serviço.
Criada em 2019 como uma spin-off — modelo de negócio derivado de uma organização existente, mas com autonomia para desenvolver seus próprios projetos, focando em um nicho específico ou oportunidade de mercado, geralmente para melhorar o desenvolvimento de um produto ou serviço —, a Pinó surgiu dentro da Gazeta do Povo, um dos maiores e mais relevantes veículos de comunicação do país, com 105 anos de trajetória. Durante os quatro anos em que esteve em incubação, a nova frente passou por um processo intenso de amadurecimento, identificando suas fortalezas e potencialidades.
Sabíamos do potencial dos produtos desenvolvidos pelo Núcleo Estilo de Vida que, na época, chamávamos de verticais — editorias focadas em temas como gastronomia (Bom Gourmet) e decoração (Haus). O que tornava essa área especial era sua capacidade de dialogar não apenas com o consumidor final (B2C), mas também com o mercado (B2B), criando um engajamento único. Paralelamente, surgiu a oportunidade de criar um produto voltado para as startups e com a linguagem da nova economia, o GazzConecta

, revela José Godoi Junior, diretor de produto da Pinó. Assim, estava desenhada a tríade do que viria a se tornar a Pinó.

Outro fator decisivo para a criação da spin-off foi o movimento estratégico da Gazeta do Povo em sua transição para o modelo 100% digital. A partir dessa guinada, o foco editorial se voltou para o hard news, com o objetivo de se consolidar como um player nacional no jornalismo, adotando um modelo de negócio baseado em assinaturas.
“Essa mudança exigia que o veículo direcionasse todos os seus esforços para a cobertura de notícias de impacto nacional, o que abriu espaço para a Pinó trilhar um caminho próprio, com foco em áreas complementares e inovadoras. Era necessário que os dois modelos de negócio se desvinculassem para que cada um pudesse crescer de forma sustentável”, lembra Andréa Sorgenfrei, diretora-geral da Pinó.
Foi com essa autonomia que a Pinó se estabeleceu como uma corporate venture builder, um modelo de negócios que vai além da criação de startups. Diferente de uma incubadora ou aceleradora, a venture builder cria e desenvolve seus próprios empreendimentos internamente, com equipes e recursos dedicados. Andréa explica que esse formato permite que a Pinó atue ativamente no desenvolvimento de múltiplos negócios com foco na inovação, desde a concepção até a execução, garantindo uma sinergia estratégica entre os projetos e a empresa-mãe.
Andréa Sorgenfrei, diretora-geral da Pinó. Crédito: Silvestre Laska.
Andréa Sorgenfrei, diretora-geral da Pinó. Crédito: Silvestre Laska.

Desafios são oportunidades

Toda mudança é acompanhada por um misto de euforia e . Essa combinação equilibra a ânsia por alçar voos cada vez mais altos, ao mesmo tempo em que mantém os pés no chão para que se possa continuar caminhando – mesmo em situações adversas, como aconteceu com a pandemia de Covid-19, que teve início meses depois da criação da spin-off.
O pensamento inovador característico desse modelo de empresa garantiu a independência necessária para que buscasse alternativas, “pivotasse” o negócio e criasse soluções para o mercado que a posicionaram como um grande player nas áreas de gastronomia, arquitetura e decoração, e inovação.
Se o conceito da spin-off não estivesse enraizado no momento em que enfrentamos a pandemia, nós poderíamos não estar mais aqui. Vimos outros veículos eliminando essas áreas enquanto fortalecíamos nossos produtos. A expertise que tínhamos, proveniente do fato de termos vindo de uma empresa centenária, que passou por muitos desafios e transformações, contribuiu para isso

, avalia Andréa.

O avanço e crescimento também trouxeram dores. Uma das mais significativas (e importantes) referiu-se à cultura organizacional. Afinal, a spin-off nascia de um pensamento e atitude inovadores, mas sua equipe também trazia na bagagem o costume e as práticas de uma empresa há muito estruturada, que faz parte de um dos maiores grupos de comunicação do país, o GRPCOM – Grupo Paranaense de Comunicação. Tal característica trazia o risco da Pinó se tornar um “puxadinho”, nas palavras do conselheiro e consultor de , Sérgio A. Simões. Ou seja, uma área de inovação que nascia de uma organização maior para ser algo diferente, mas que trazia para dentro dela as mesmas características da empresa-mãe. Era preciso mudar para ser mais leve, ágil, poder correr mais riscos e errar para ajustar mais rápido e acelerar. Simões atuou como conselheiro da Pinó.
“Nós fizemos o planejamento, a diferenciação entre os negócios, fazendo com que a empresa-mãe tivesse muito claro o que ela queria da Pinó. Com essa visão clarificada, partimos para a implementação do que essa nova empresa precisava, em termos de processos e tecnologia, que eram diferentes das necessidades da empresa-mãe. O terceiro ponto foi tornar muito claro aonde se queria chegar para traçar formas de conquistar esses lugares”, conta o consultor.
Com os ajustes necessários e o amadurecimento em relação ao que a empresa almejava se tornar, acelerado no período pandêmico, os resultados culminaram na criação de novos produtos, que foram construindo os caminhos e ampliando os horizontes de atuação da marca.
Quando criamos nosso plano de negócios, entendemos que precisávamos manter o que nos sustentava, o nosso motor 1, que eram o conteúdo e a publicidade. Por outro lado, tínhamos a esteira de desenvolvimento de novas frentes, o motor 2, para dar vida a novos modelos de negócios. Lançamos muita coisa. Era sabido que algumas não iriam para frente, mas tivemos que experimentar. No modelo de inovação, esse teste nunca é perdido. São experiências e conhecimentos adquiridos que podem ser replicados em outras frentes

, destaca a diretora-geral da Pinó.

Entre os produtos de sucesso lançados, estão o FoodCo. (foodtech de educação gastronômica que se tornou parceira do iFood na criação de uma comunidade com mais de 35 mil operadores de food service), o projeto de expansão do Festival Bom Gourmet, o GazzSummit Agrotechs e a fusão de sua então plataforma HAUS (voltada à cobertura de arquitetura e decoração) com a Archa (empresa de tecnologia para arquitetos e designers de interiores), para citar alguns. A Pinó também recebeu aportes que injetaram ainda mais fôlego aos negócios e contribuíram não só para a validação dos produtos, mas também para que o negócio ganhasse musculatura, saísse da incubadora e passasse a caminhar com as próprias pernas.
Este primeiro ano confirmou a certeza da decisão de criar a spin-off. O que planejamos está melhor: ela possibilitou enxergarmos novas linhas de negócios que, antes, não enxergaríamos

, resume Ana Amélia Filizola, diretora da unidade de jornais do GRPCOM, que contempla a Gazeta do Povo e a Tribuna do Paraná.

“Atingimos nossos objetivos neste primeiro ano de construir nossas pontes e, para 2025, é hora de cruzá-las. Vamos acelerar nosso processo de expansão territorial do nosso ecossistema da gastronomia, investir ainda mais na inovação do Paraná – com foco no desenvolvimento do agronegócio – e modelar novas frentes de negócios”, adianta Andréa Sorgenfrei.

Fonte: gazzconecta

Sobre o autor

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo