O secretário do , Rogério Ceron, voltou a pedir mais controle do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos gastos públicos.
Conforme o secretário, é preciso um “olhar mais consistente” sobre a dinâmica das despesas obrigatórias. Ceron fez a declaração durante entrevista ao site Poder 360, nesta quinta-feira, 10.
A imprensa quis saber do servidor público sobre a necessidade de se fazer um ajuste fiscal pelo lado dos gastos e se as medidas tomadas pela parte das despesas não seriam “tímidas”.
Ceron respondeu: “Acho que tem estágios. O primeiro seria de ações administrativas para reduzir alguns beneficiários que eram inelegíveis, algumas fraudes. Isso está sendo conduzido”.
O secretário acrescentou que, agora, é preciso “um esforço de um olhar mais consistente – está sendo feito – se é necessário medidas mais robustas para garantir essa dinâmica”.
Na opinião do executivo, o país não precisa tratar a situação como um corte de gastos. “Precisa garantir uma dinâmica dessas despesas de forma sustentável. Não precisa acabar com políticas sociais, políticas públicas que são importantes”.
Economista e auditor fiscal, o funcionário de carreira acha importante adequar as dinâmicas de despesas para que elas sejam sustentáveis. “Se ficar claro isso, está resolvido. O próprio arcabouço vai cumprindo o seu papel, vai abrindo e melhorando o resultado fiscal”.
Ceron também admitiu que a “dinâmica” econômica que o governo estabeleceu até o momento tem deixado o mercado em dúvida sobre a sustentabilidade das medidas.
Governo precisa de dinâmica sustentável, diz secretário
Segundo o especialista, o mercado está preocupado em saber se a dinâmica que o governo impôs ao processo vai ser sustentável, “se não vai ter necessidade de romper o arcabouço fiscal em algum momento. Isso seria terrível para o país”.
Na perspectiva crítica do secretário, se o governo conseguir adotar as medidas adequadas e sinalizar para a sociedade o cumprimento de tudo o que é necessário, “acabou, o país recupera o grau de investimento, a gente continua crescendo de forma sustentável, como está acontecendo, e todo mundo ganha”.
Fonte: revistaoeste