A criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por minimizar as mortes causadas pelo Hamas em israel. Durante sua participação na 79ª Assembleia-Geral da ONU, na manhã desta terça-feira, 24, em Nova York, Lula disse que “o que começou como ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes, tornou-se punição coletiva de todo o povo palestino”.
Ele prosseguiu: “São mais de 40 mil vítimas fatais [sic], em sua maioria mulheres e crianças; o direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo.”
Nesta quarta-feira, 25, a Conib condenou a fala do governo brasileiro e enfatizou que não existe genocídio em Gaza. A organização lembrou ainda que o conflito partiu do grupo terrorista Hamas, ao atacar cidadãos israelenses.
O petista também fez declarações equivocadas sobre o número de mortos na região no ataque de 7 de outubro de 2023. Em entrevista a jornalistas na sede da ONU, ele disse que o governo israelense havia reduzido o número de vítimas de 1.405 para 139. O número correto são 1.139. O presidente foi avisado sobre o erro e se corrigiu em seguida.
“A CONIB lamenta mais uma vez a postura desequilibrada do governo brasileiro em relação aos trágicos conflitos no Oriente Médio, que destoa da história de moderação da nossa diplomacia.
Todas as mortes devem ser lamentadas, mas não há genocídio em Gaza. Não foi Israel quem começou esse conflito, mas o Hamas, quando atacou barbaramente cidadãos israelenses em 7 de outubro, e o Hezbollah, que desde o dia 8 de outubro passou a bombardear Israel para apoiar o Hamas.
Ambos os grupos são apoiados e financiados pelo Irã, de quem o brasil se tornou grande aliado. O governo brasileiro pode ajudar muito na solução se interceder junto ao Irã para conter o Hamas e o Hezbollah.”
Em fevereiro, Lula deu uma declaração na qual comparou a ação militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza ao holocausto, massacre de judeus comandado por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
A fala do petista gerou uma crise diplomática entre o Brasil e Israel. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, chegou a se manifestar sobre a postura de Lula, chamando-a de “vergonhosa”.
Fonte: revistaoeste
