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Ministério Público da Venezuela ameaça prender Edmundo González – Últimas Notícias

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Pela terceira vez, promotores venezuelanos chamaram o candidato Edmundo González para depor, nesta sexta-feira, 30. . 

O gabinete de Justiça informou que, em caso de ausência, um mandado de prisão será emitido. Nas duas convocações anteriores, o ex-diplomata não compareceu.

González justificou que o órgão age como “acusador político” e que, por isso, desconfia das garantias de independência no processo.

Tarek William Saab, promotor-geral da Venezuela Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
O Promotor-Geral Da República Da Venezuela, Tarek William Saab, Quer Que Gonzáles Explique A Divulgação Das Atas Eleitorais | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Os promotores dizem que o não comparecimento do opositor pode representar risco de fuga e de obstrução à Justiça, o que justificaria o mandado de prisão. 

A promotoria sustenta a intimação, dizendo que Edmundo González deve esclarecer a divulgação das cópias de mais de 80% das atas de votação eleitoral que sua chapa tornou públicas. 

As atas, segundo a oposição, com apoio de diversos organismos internacionais, comprovariam a vitória de González. A ditadura venezuelana diz que os documentos são falsos.

O procurador-geral da República, Tarek William Saab, responsabiliza González pelos atos de violência nos protestos contra a reeleição de Maduro. Os protestos causaram 27 mortes, quase 200 feridos e mais de 2,4 mil presos.

Saab responsabiliza, também, a líder oposicionista María Corina Machado pelos distúrbios ocorridos principalmente na capital, Caracas. Diante do risco de detenção, Gonzáles segue em regime de clandestinidade há quase um mês.

Forças policiais tentam conter protestos nas ruas da Venezuela depois de Maduro declarar-se reeleito | Foto: Reuters/Samir Aponte
Forças Policiais Tentam Conter Protestos Nas Ruas Da Venezuela Depois De Maduro Declarar-Se Reeleito | Foto: Samir Aponte/Reuters

Em 5 de agosto, o Ministério Público da Venezuela anunciou o início de uma investigação contra os dois opositores. O sistema ditatorial fala em “instigação à insurreição” e outros delitos.

Os promotores acusam, em carta divulgada nas redes sociais, Corina e González de incentivar as Forças Armadas a “traírem” Maduro. 

A intimação, assim como as anteriores, não esclarece o motivo pelo qual González está sendo convocado: se como acusado, testemunha ou perito, de acordo com a legislação venezuelana. 

O documento estabelece apenas a “necessidade de prestar depoimento sobre os eventos investigados por este órgão”, por causa da suposta prática de “usurpação de funções” e “falsificação de documento público”. Esses supostos crimes podem, assim, resultar em uma pena máxima de 30 anos de prisão.

Segundo González, . Acrescenta que o Ministério Público pretende convocá-lo a uma entrevista “sem especificar em que condição devo comparecer”.

Fonte: revistaoeste

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