Mais comum do que você imagina, o mau hálito ou halitose acomete um em cada quatro adultos e corresponde a uma alteração do hálito em que o uso de bala de menta ou bochecho não resolvem. A literatura médica esclarece que se trata de um sintoma e não doença, e que conta com mais de 40 causas diferentes. Porém, em 90% dos casos, trata-se de um problema bucal.
Hoje, sabe-se que a halitose tem um impacto negativo na vida pessoal e social dos indivíduos por ela acometidos, especialmente porque, às vezes, não é por eles perceptível e, a depender da hora do dia e do tipo de dieta de cada pessoa, o problema se intensifica.
O primeiro passo para a solução é deixar a vergonha de lado e, ao perceber um gosto ou cheiro estranho na boca, perguntar para algum conhecido (com quem se tenha alguma intimidade), se ele sente o odor pronunciado. Se a resposta for afirmativa, a medida seguinte é procurar um profissional para que ele possa investigar a origem da halitose. E os especialistas garantem: a chance de encontrar solução para o mau hálito é grande.
Consuma para reduzir o mau hálito
Somada a uma boa higiene bucal, há alimentos que ajudam a reduzir o mau hálito. Porém, se o problema persistir, desconfie de desordens orais, cárie, doença periodontal (inflamação gengival avançada que afeta o tecido ósseo), gengivite, saburra lingual (camada de restos alimentares na superfície da língua), próteses porosas ou mal adaptadas, xerostomia (boca seca) refluxo, infecções pulmonares.
A seguir, veja alimentos que podem reduzir problema:
- Peixes
- Peito de frango
- Maçã crua
- Cenoura crua
- Pepino cru
- Canela
- Gengibre
- Hortelã
- Cravo-da-índia
- Jiló
- Pão integral
- Cereais secos, como aveia
Quanto mais fibroso for o alimento, maior o atrito exercido e, consequentemente, o esforço mastigatório estimula a saliva. Refeições com alto teor de fibras e elevada demanda de mastigação favorecem uma autolimpeza.
Ingerir água e evitar jejum prolongado também são estratégias para afastar o risco do mau odor.
Alimentos que pioram o problema
A lista inclui:
Alho e cebola;
Leite e derivados;
Vegetais ricos em enxofre, como repolho, couve-flor, brócolis, rabanete, azeitona e alcachofra;
Ovos e proteínas animais, sobretudo gordurosas, também são responsáveis pelo desconforto.
Como tratar
Em 90% dos casos, o problema é tratável. E as terapias corresponderão à doença de base que esteja relacionada à halitose. Por exemplo, se a causa for a falta de saliva, pode-se fazer uso de saliva artificial, medicamentos que estimulam a glândula salivar ou ajudem a saliva a se tornar mais líquida. Laserterapia para estímulo salivar é outra possibilidade.
Caso tenham sido diagnosticadas gengivite, periodontite e seja identificada a saburra, o tratamento começa com instruções de higiene bucal personalizadas. Concomitantemente o dentista faz a higienização para remoção da placa bacteriana e do tártaro.
A depender da gravidade do caso, mudanças na dieta podem ser indicadas. E o apoio de uma nutricionista será essencial para a introdução de alimentos fibrosos como a maçã ou cenoura, que igualmente atuam como limpadores.
Em casos graves e extremos de doença periodontal, o dentista poderá considerar a indicação de cirurgia.
*Com informações de reportagens publicadas em 31/12/2019; 02/02/2023; 03/06/2024; 29/03/2024
Fonte: uol