A proposta vitoriosa para a nova sede do , no bairro Campos Elíseos, na cidade de , foi anunciado na noite da terça-feira 6.
O projeto, de autoria do arquiteto Pablo Chakur, do escritório Ópera Quatro, venceu o concurso promovido pelo e prevê a construção de calçadões, áreas verdes e lojas acessíveis a pedestres, com o objetivo de integrar os novos edifícios à área ao redor.
Chakur afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que a intenção é criar grandes calçadões que conectem a Praça Princesa Isabel, recentemente transformada em parque pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), às vias circundantes. “A ideia é deixar um legado para a cidade”, disse Chakur. A Rua Guaianases, por exemplo, seria destinada exclusivamente ao fluxo de pedestres.
A gestão de aposta em concentrar a maior parte das secretarias e órgãos estaduais, totalizando mais de 20 mil servidores públicos, em Campos Elísios para requalificar a região.
O projeto vencedor foi escolhido por unanimidade pelo júri, destacando-se por prever apenas um piso subterrâneo para estacionamento, enquanto outros projetos sugeriram até três pavimentos no subsolo, o que favoreceu a proposta em termos de sustentabilidade, de acordo com o arquiteto Paulo Bruna, presidente da comissão julgadora.
Paulo Bruna também mencionou que os edifícios terão fachadas duplas, com a externa em vidro temperado, criando barreiras térmicas que reduzem a necessidade de ar-condicionado.
A variação no tamanho dos prédios permitirá acomodar secretarias e departamentos com diferentes números de funcionários. “Além de atender às necessidades previstas, é um projeto muito qualificado”, complementou o profissional.
O resultado do concurso foi publicado nesta quarta-feira, 7, no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
A construção será realizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), cujo edital ainda será formulado pela atual gestão. Estima-se que o documento seja apresentado entre o final deste ano e o início do próximo.
O custo total é estimado em R$ 3,9 bilhões, com R$ 415 milhões destinados a desapropriações e R$ 3,5 bilhões para a construção. O valor será pago pelo governo ao longo de 30 anos ao concessionário vencedor da licitação, que será responsável por construir, administrar e explorar comercialmente o centro.
O governo também destinou R$ 1 milhão em prêmios para os três melhores colocados no concurso.
Diversas instituições e profissionais de urbanismo criticaram a construção do novo centro administrativo, solicitando a impugnação do concurso devido à falta de participação popular e ao risco de desalojamento de moradores.
Raquel Schenkman, presidente do IAB-SP, afirmou que o instituto é sensível à questão e publicou uma carta em que pede ao governo que envolva “entidades e organizações sociais” no projeto.
Representantes da Secretaria de Projetos Estratégicos e da Companhia Paulista de Parcerias informaram que audiências públicas serão realizadas durante a elaboração do edital de concessão.
Fonte: revistaoeste