Em entrevista concedida à jornalista Myllena Valença e publicada na da Revista , Rodrigo Pimentel se propõe a exemplificar a relação de — boa — parte da política fluminense com o crime organizado. Ele é ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a tropa de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
O trabalho dele à frente do Bope inspirou a criação do personagem Capitão Nascimento, protagonista do filme .
“Não tenho dúvidas de que as milícias no Rio de Janeiro possuem sustentação na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa do Estado. No final do ano passado, um partido político do Rio de Janeiro defendeu a volta de uma deputada estadual (Lucinha-PSD) que teve 15 encontros com milicianos, pedindo a libertação de bandidos presos, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público. Lucinha foi afastada, e a classe política do Rio se mobilizou para recebê-la de volta ao Parlamento. Esse é um exemplo que deixa claro que existe o nível assombroso de infiltração do crime na política. O que sugere a existência de um narcoestado, algo ainda pior que o crime organizado.”
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Fonte: revistaoeste