Você já ouviu falar em Due Diligence? Em um contexto de investimentos, fusões e aquisições (M&A), mas não somente restrito a ele, a “diligência prévia” é um processo rigoroso e detalhado de investigação e análise que ocorre durante transações comerciais. Nesse contexto, é imprescindível organizar e fornecer todos os documentos necessários para evitar dúvidas e preocupações.
“A empresa deve se organizar meticulosamente para o processo de Due Diligence. Nesse contexto, é fundamental reunir demonstrações financeiras, balanços, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e outros documentos relevantes. Além disso, é necessário realizar uma verificação minuciosa da conformidade legal dos contratos, licenças e acordos vigentes”, explica Antonio Urso, sócio-fundador da Urso Consultoria, especializada em áreas como gestão empresarial, finanças e M&A.
Segundo o executivo, são três as principais dicas para se preparar para este processo:
- Estar preparado para responder a perguntas detalhadas, pois os investidores avaliarão minuciosamente todas as áreas do seu negócio;
- Estar pronto para fornecer informações detalhadas sobre finanças, operações, equipe, estratégia e outros aspectos relevantes;
- Lembrar-se de que a Due Diligence não apenas avalia riscos, mas também representa uma oportunidade para destacar o valor da sua empresa e mitigar eventuais preocupações.
“A Urso se destaca nesse processo, pois participamos ativamente da gestão do negócio. Possuímos todas as informações necessárias para conduzir um processo tranquilo, fornecendo confiança aos investidores e esclarecendo eventuais dúvidas”, enfatiza.
IA otimiza o processo
Como em vários setores empresariais, a inteligência artificial (IA) vem sendo implementada nos processos e transações societárias, como ferramenta valiosa para análise, identificação de oportunidades estratégicas e otimização de fluxos de trabalho. A integração da IA nas operações de M&A não apenas acelera os processos, mas também fornece insights aos gestores e investidores, ampliando o valor das transações.
Particularmente no processo de Due Diligence, a capacidade da IA de processar grandes volumes de documentos e dados é altamente vantajosa, além da possibilidade de identificar padrões, inconsistências e riscos, e de otimizar o tempo.
Contudo, os usos da tecnologia precisam estar ancorados em um trabalho mais amplo de gestão e consultoria empresarial. “Para otimizar tempo, recursos e agregar valuation às empresas, é necessário investir em uma consultoria que entregue soluções 360 graus, integrando todas as áreas do negócio, da contabilidade aos recursos humanos, passando pelo jurídico e gestão”, destaca Rafael Marangoni, sócio da Urso Consultoria, responsável pela área de tecnologia e desenvolvimento.
Data lake
Nesse sentido, o chamado data lake ou “lago de dados” auxilia imensamente no processo de integração de informações sobre a empresa
“Muitas vezes, um supervisor precisa de um relatório sobre faturamento por cliente ou por estado, por exemplo. E, muitas vezes, para se fazer esse relatório, acaba se gerando uma planilha num sistema, uma informação em outro local, com configurações variadas. O trabalho para reunir e padronizar tudo se torna maior. Nós unificamos esses processos a partir de um ponto de ligação entre as informações, criando o data lake”, explica.
Para o especialista, a facilidade como a integração da informação ocorre faz dela uma aliada na administração das empresas. “Para um negócio conseguir gerenciar suas finanças de forma eficiente, é necessário que haja processos de tecnologia dentro da sua administração”.
Fonte: gazzconecta