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Diabetes: Maçã e canela juntas para controle com alimentação

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O número de brasileiros com diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, já passa da casa dos 20 milhões. Pessoas com a doença precisam tomar cuidado especialmente com a alimentação, para evitar picos de açúcar no sangue (hiperglicemia), o que pode causar complicações importantes à saúde.

Mas o uso de medicamentos adequados e exercícios, associado a um plano alimentar equilibrado, ajuda a melhorar a qualidade de vida do paciente. Em alguns casos, até a reverter a doença.

Coloque no cardápio

Canela
Auxilia no controle glicêmico, responsável por regular os níveis de glicose no sangue, impedindo a rápida liberação de grandes quantidades de açúcar (hiperglicemia). Pode ser acrescentado nas refeições, mas sem exageros. Lembre-se apenas que não substitui medicação alguma e que tal resposta acontece de diferentes maneiras para cada indivíduo.

Maçã
Algumas fibras solúveis da fruta, como a pectina, possuem uma resposta bastante interessante ao modificar a carga glicêmica da refeição, promovendo uma absorção mais gradativa da glicose. Além disso, a pectina ajuda a prolongar a sensação de saciedade e regula o intestino.

Brócolis
Um estudo mostrou que o brócolis possui um composto (glucorofanina) que o corpo transforma em sulforafano, e esse antioxidante reduz a produção de glicose pelo fígado. A atuação seria semelhante a de um dos medicamentos mais usados no tratamento de diabetes, a o cloridato de metformina.

Carboidratos integrais
Esse tipo de alimento preserva a parte interna do grão, que contém as fibras e proteínas e auxiliam no controle glicêmico. Só não se engane com o slogan “integral” dos industrializados. Para ser considerado da categoria, o produto precisa ter cerca de 50% de grão integral, ou seja, boa parte pode ser composta de carboidratos de alto índice glicêmico (refinados), cujo resultado eleva facilmente a glicemia.

Aveia
Possui betaglucana, que forma uma espécie de gel grosso no organismo e retarda o esvaziamento do estômago, assim como a absorção de glicose pelo sangue. Isso auxilia no controle glicêmico, impedindo a rápida elevação da taxa de açúcar no sangue. A aveia também pode colaborar com a melhoria da sensibilidade à insulina.

Oleaginosas
Nozes, castanha-do-Brasil, castanhas de caju, macadâmia, amêndoas, entre outros, possuem magnésio, além de gorduras boas e ácidos graxos mono e poli-insaturados, que são interessantes para quem tem diabetes por ajudarem a controlar os níveis de açúcar no sangue. Não existe um consenso em relação à quantidade, mas a sugestão é de 30 gramas/dia, o equivalente a um punhado.

Até pode (mas com moderação)

Nenhum alimento precisa ser riscado definitivamente do cardápio de quem tem diabetes. O que deve existir é moderação e equilíbrio, algo que é, inclusive, uma recomendação geral para todas as pessoas.

Açúcar
A sacarose e alimentos contendo o ingrediente não são proibidos, uma vez que não aumentam a glicemia mais do que alguns tipos de carboidratos, quando ingerida em proporções similares. Atualmente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a ingestão de açúcar não ultrapasse 5% das calorias totais/dia. Vale ficar atento ao “açúcar oculto” de alimentos industrializados. Uma colher de sopa de ketchup, por exemplo, fornece 4 gramas de sacarose.

Frutas secas
Apesar de ricas em nutrientes e fibras, elas têm alta concentração de frutose, por conta da redução da retirada de água, o que faz a pessoa facilmente consumir quantidades excessivas de carboidratos. Assim, é recomendado ter cuidado especial com a quantidade e associar seu consumo a alimentos ricos em proteínas e gorduras boas que irão auxiliar no controle glicêmico, como, por exemplo, as castanhas e queijos brancos.

Produtos diet
Foram criados para uma dieta específica –de quem não pode consumir excesso de açúcar, pois contêm quantidades limitadas do alimento. Contudo, muitas vezes são ricos em gorduras e têm valor calórico semelhante a sua versão normal. Por isso, devem ser consumidos com a orientação de um profissional de saúde.

Álcool
Para adultos com diabetes, a ingestão diária deve ser limitada a uma dose ou menos para mulheres e a duas doses ou menos para homens. Entende-se por uma dose, 150 ml de destilados. Basicamente, quando a pessoa bebe, deixa o fígado tão ocupado em lidar com o álcool, que desliga a produção de glicose. Evite exageros.

Melhor evitar

Alimentos gordurosos
Pacientes diabéticos precisam se atentar ao consumo total de gorduras saturadas, pois apresentam maior risco de doenças cardiovasculares. Além disso, o acúmulo de gordura visceral é outro grande fator de risco, pois obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para facilitar a entrada de glicose nas células.

Ultraprocessados
Comprar comidas assim na prateleira do supermercado faz as pessoas ingerirem mais açúcar, sal e gordura do que o recomendado, pois elas acabam não tendo a consciência do quanto desses ingredientes foram acrescentados nos alimentos.

Fontes: Maristela Bassi Strufaldi, nutricionista da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes); Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês (SP); Rosângela Augusto, sócia-diretora na Instituto Nutrição ComCiência

*Com informações de matéria de fevereiro de 2018

Fonte: uol

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