Antigamente a gente acreditava que a vitamina D era indicada apenas para a saúde dos ossos, prevenção e tratamento do raquitismo.
No entanto, estudos atuais mostram que ela também:
- auxilia no sistema imune por prevenir infecções e por sua função imunomoduladora;
- fortalece o sistema osteomuscular;
- atua na prevenção de doenças cardíacas;
- previne doenças degenerativas do sistema nervoso;
- age preventivamente em diversos cânceres.
A vitamina D pode se apresentar sob duas formas: D2 (obtida por meio dos alimentos) e D3 (obtida pela exposição solar e suplementos). As duas são metabolizadas sob a forma 25(OH)D, que sempre passa pelo fígado e depois é direcionada para o rim, que a transforma na sua forma ativa.
Apesar de a vitamina D estar presente em alimentos como sardinha e atum enlatados, óleo de fígado de bacalhau, salmão selvagem e laticínios, a quantidade disponível é bem pequena, por isso, para atingirmos a quantidade ideal de vitamina D não podemos depender de fontes alimentares, e sim da exposição da pele à luz solar regularmente (sem filtro), assim nossa pele consegue através de uma processo químico produzir a vitamina D.
Como um consenso geral, precisamos de 15 a 20 minutos de exposição solar, no período mais quente, sem uso de filtro solar. O problema é que esse tempo pode alterar dependendo da região em que a pessoa mora, assim como a área do corpo exposta, peso, idade, cor da pele, medicamentos usados, saúde do fígado e rim. Toda vez que citamos a exposição solar sem uso de filtro solar, o câncer de pele sempre entra em pauta, afinal o Brasil tem altos índices deste tipo de câncer, por isso que é preciso tomar cuidado e avaliar se a exposição solar é o mais indicado para você.
Com isso, o exame de vitamina D deve ser incluído na lista de exames de rotina. A medição sanguínea deve ser de no mínimo 30 ng/ml, porém idealmente deveria atingir entre 50 a 80 ng/ml, como mostram os estudos. Lembrando que a toxicidade só ocorre em níveis séricos maiores que 150 ng/ml. Normalmente, os multivitamíncos fornecem em torno de 400 UI de vitamina D, só que se os exames estiverem abaixo do ideal, são necessárias doses diárias em torno de 2000 UI ou até mais, dependendo da patologia do paciente. Por isso é tão importante medir os níveis para adequar a suplementação.
Ao manter os níveis próximos de 50 ng/ml observamos diversos efeitos benéficos como:
Redução da mortalidade
- Está associado com menor risco de mortalidade prematura por qualquer causa e em pessoas com histórico de câncer;
- Menor risco de morte entre pacientes de doença renal em fase final (em diálise);
- Reduz a mortalidade de pacientes internados em unidades de tratamento intensivo;
- Protege contra o choque séptico ou sepse em pessoas severamente doentes.
Reduz risco de câncer
- Reduz a mortalidade por câncer de mama (37%), colorretal (45%) e linfoma (52%);
- Causa um efeito protetor contra o câncer de pulmão;
- Reduz o risco de câncer de próstata;
- Ajuda no tratamento quimioterápico de câncer do pâncreas;
- Reduz o risco de câncer de mama em mulheres que estão em tratamento de reposição hormonal.
Saúde do cérebro
- Protege contra demências;
- Previne desordens psiquiátricas durante a gravidez;
- Esclerose múltipla: previne o surgimento e inibe a progressão da doença;
- Ajuda crianças e adultos com o transtorno do espectro autista (TEA).
Pós-cirúrgico
- Diminui risco de infecção e ajuda nos resultados após procedimentos cirúrgicos;
- Melhora a recuperação de pacientes sob tratamento e cirurgia da tireoide.
Saúde do coração
- Reduz o risco de AVC ou a probabilidade de ficar permanentemente inábil após um derrame;
- Melhora a função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca crônica;
- Atua como terapia complementar para hipertensão.
Ossos e músculos
- Protege contra a osteoporose (e sua progressão), quedas e fraturas;
- Diminui a fadiga muscular em adultos mais velhos.
Fonte: uol