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Política

Chefe da PRF sem denúncia completa 8 meses na prisão por ordem de Moraes: entenda o caso

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Mesmo sem apresentação de denúncia, o ex-chefe da , Silvinei Vasques, completou seu oitavo mês dentro da prisão. Até o momento, dois pedidos de soltura emitidos por sua defesa foram negados pelo ministro , do . As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo no domingo 28.

Vasques foi preso em agosto do ano passado. No pedido de prisão, a alegou que a detenção é importante para a “produção de elementos probatórios possa ocorrer de forma clara, precisa e eficaz, sem qualquer interferência do mesmo em sua produção, sendo mais que conveniente, de suma importância para a instrução criminal”.

Em resposta a PF, Moraes argumentou que concordava com a prisão e classificou as condutas atribuídas ao ex-chefe da PRF como “gravíssimas”.

A principal linha de investigação é que Vasques tenha utilizado a estrutura da PRF para realizar blitze durante o segundo turno das eleições, principalmente em Estados do Nordeste, onde Lula obteve mais votos do que Bolsonaro.

A defesa de Vasques apresentou recentemente uma petição em que solicita a libertação do ex-diretor da Papuda, argumentando que a detenção por tempo indeterminado é ilegal. Os advogados também contestaram a justificativa de que a permanência do ex-diretor da PRF na prisão é “necessária para evitar qualquer influência” sobre as testemunhas.

A investigação da PF sobre Silvinei Vasques está em fase final. A corporação negociou ao menos duas delações premiadas no inquérito —entre elas há colaboração de policiais federais que trabalhavam com o ex-ministro Anderson Torres, segundo fontes com conhecimento do assunto.

Um dos elementos em análise pela PF é um mapeamento com o nome das cidades em que Lula recebeu mais de 75% dos votos no primeiro turno. Este levantamento foi encontrado no celular de Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça.

Para os investigadores, há relação entre a planilha encontrada e as cidades que tiveram barreiras da PRF durante o pleito.

Silvinei Vasques passou por um período de depressão na Papuda depois de ser preso. Ele perdeu mais de 10 quilos e, com doença celíaca, passou a ter problemas de saúde que o fizeram trocar de setor no presídio, para ficar mais próximo de consultórios médico e de psicologia.

No mês passado, sob acusação de fraude na compra de veículos blindados para a PRF.

Vasques usou do tempo de isolamento para se preparar para a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Formado em Direito, ele pediu à Justiça para receber livros para se preparar para a avaliação.

A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, autorizou o envio do material, com ressalvas.

“Canetas hidrográficas, marcadores adesivos de página e marcadores de texto não são materiais comumente usados pelas pessoas presas, pois […] objetos pontiagudos e adesivos podem vir a ser usados para circulação de recados [e causar] subversão da ordem, da segurança e da disciplina”, escreveu Leila, permitindo somente a entrada de livros.

O ex-diretor da PRF acabou reprovado na segunda fase da prova da OAB, em fevereiro. Sua defesa fez um novo pedido à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal em 22 de abril para que o preso faça a prova novamente, em 19 de maio.

O processo está na fase de manifestação do MPF. Se o pedido for atendido, Vasques deve ser deslocado para uma universidade em Brasília para realizar a prova em sala individual, com seguranças e fiscal de prova.

Fonte: revistaoeste

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