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Benefícios do bacalhau para a saúde: reduz ansiedade e acelera o metabolismo

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Bacalhau é um termo que se refere a várias espécies de peixes comercializadas com este nome. No entanto, o “bacalhau original” é o Gadus morhua, que vive nas águas frias ao norte do Oceano Atlântico e, por isso, recebe o nome de bacalhau do Porto, bacalhau-do-atlântico ou cod.

São peixes mais largos, que geram postas mais altas e de coloração levemente amarelada quando salgada, que se desmancham em suculentas lascas quando cozidas, por esse motivo é considerado o tipo mais nobre. Conheça abaixo quais são os benefícios desta espécie para a saúde.

Benefícios do bacalhau

1. Faz bem para a saúde cardiovascular

Assim como os demais peixes de águas frias, o bacalhau do Porto fornece boas doses de ômega-3, um ácido graxo que fornece muitos benefícios para o organismo, principalmente para o coração e a circulação. Isso porque ajuda a reduzir inflamações, além de contribuir para reduzir os níveis do colesterol ruim (LDL) e, consequentemente, o risco de doenças cardíacas.

Apenas lembre-se de dessalgar bem o alimento, para eliminar a maior quantidade de sal (e sódio), que deve ser evitado por pessoas hipertensas ou que já possuem outros problemas cardíacos Tatyana Dall’ Agnol, nutricionista

2. Atua na saúde geral e do cérebro

O bacalhau é um alimento que fornece boas doses de selênio, um nutriente com poder antioxidante que atua na manutenção da saúde e da imunidade, além de combater e retardar o envelhecimento precoce e doenças cancerígenas e neurodegenerativas como o Alzheimer.

3. Apoia o funcionamento da tireoide

As boas doses de selênio que este peixe fornece também são importantes para que a glândula tireoide produza adequadamente seus hormônios e, assim, mantenha o metabolismo funcionando adequadamente.

4. Contribui para o controle do peso

Outros fatores que contribuem para o bacalhau-do-atlântico ser um bom aliado da dieta é devido ao seu alto teor de proteínas (23 g em 100 g), baixo teor de gordura (1,5 g em 100 g) e também em calorias —são 177 kcal em 100 g. “A proteína contribui para manter a saciedade por mais tempo, o que é interessante para quem está tentando emagrecer ou manter o peso, evitando os ‘beliscos’ fora de hora”, comenta a nutricionista.

5. Ajuda a reduzir a ansiedade

Por ser um alimento rico em triptofano, aminoácido que participa do processo de produção da serotonina (hormônio da “felicidade”), o bacalhau ajuda a combater a ansiedade e o estresse, podendo ser um bom aliado na dieta de pacientes com depressão e que sofrem com a ansiedade.

6. Deixa os ossos fortes

Esse benefício é por conta do seu alto conteúdo de vitamina D e cálcio, nutrientes importantes para os ossos. Mas não é só.

Um estudo na revista Food & Function defende que os peptídeos do Gadus morhua (bacalhau) podem contribuir para a prevenção da osteoporose por reduzirem a atividade de uma enzima importante no processo de degradação óssea. Também por diminuírem a expressão de fatores que regulam as células responsáveis pela degradação e reabsorção do tecido ósseo, os osteoclastos.

Como consumir

Você pode comprar o bacalhau salgado, processo usado para a conservação do peixe, ou congelado já dessalgado.

A dessalga é um passo crucial para retirar o excesso de sal e sódio do alimento. Faça assim:

  • Lave o bacalhau em água corrente para retirar os depósitos de sal.
  • Então, coloque-o em uma vasilha de preferência com tampa, coberto com água fria ou gelada e deixe-o na geladeira. Em geral, usa-se 4 litros para cada quilo de peixe;
  • Troque a água a cada 6 horas por três ou quatro vezes sempre com água fria ou, de preferência, gelada.
  • O tempo de dessalga varia conforme a espessura das postas, portanto podem ser necessárias mais alguma trocas de água até chegar ao ponto desejado.
  • Antes de prepará-lo, lave-o novamente sob água corrente.

Ao preparar o bacalhau, evite fervê-lo para manter o sabor e a textura ideais. Mas, caso ainda prefira fazer esse processo, desligue o fogo assim que a água começar a ferver, mantendo o tacho tapado. Então, prepare-o conforme suas preferências.

O bacalhau é um ótimo prato para ser assado com acompanhamentos, como batatas, ovos, azeitonas, cebola e azeite, para reproduzir os tradicionais pratos da culinária portuguesa.

Também pode ser cozido e desfiado com molho bechamel e natas, e depois gratinado no forno, ou ainda desfiado, para ser incorporado em saladas, ensopados, cozidos ou mesmo misturado à massa dos tradicionais bolinhos de bacalhau, que são fritos.

“No entanto, recomenda-se evitar as frituras submersas, que se tornam calóricas pelo excesso de óleo”, aconselha a nutricionista.

Riscos e contraindicações

Ao comprar o bacalhau, selecione peças de qualidade, preferencialmente bem secas e com coloração cor de palha, se estiver salgado. Aquelas que não passaram pelo devido processo têm o risco de estragar. Também prefira as mais altas, que costumam ser mais suculentas.

De forma geral, os riscos associados ao consumo de peixes costumam estar relacionados com a contaminação por metais pesados, como mercúrio, e poluentes, que podem variar de acordo com a região de pesca e as práticas de manejo ambiental. Neste caso, prefira alimento com selo de garantia de origem.

Outros peixes também são vendidos como bacalhau, apesar de não serem da mesma família, e têm preço mais acessível. São eles:

  1. Bacalhau Ling (Molva molva): um tipo mais estreito, com carne de coloração clara.
  2. Bacalhau Saithe (Pollachius virens): possui carne escura e sabor mais acentuado. Pode ser desfiado com mais facilidade para ser usado no preparo de pratos.
  3. Zarbo (Brosme brosme): tem carne saborosa, mas não possui uma textura tão flexível para ser desfiado.

Pessoas com histórico de alergia alimentar a peixes não devem consumir o bacalhau, já que sua proteína pode desencadear a reação alérgica. Entre os sintomas estão coceira e inchaço na boca, garganta ou olhos, urticária, dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, dificuldade para respirar e, em casos extremos, anafilaxia.

O diagnóstico de alergia ao bacalhau pode ser feito através de testes cutâneos ou exames de sangue, e o tratamento geralmente envolve antialérgicos para controlar os sintomas leves ou administração de epinefrina em casos graves. Portanto, diante da suspeita do quadro, procure um pronto-atendimento.

Fonte: Tatyana Dall’ Agnol é nutricionista especialista em nutrição e metabolismo, nutrição esportiva e fitoterapia, e mestre em ciências da saúde.

Fonte: uol

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