O presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho comunica, com profundo pesar, a morte do ex-deputado estadual Romoaldo Aloízio Boraczynski Júnior, em decorrência de um AVC. “É uma tristeza, uma perda inestimável. Prestamos condolências à esposa dele e filhos, em nome da Casa de Leis. Que Deus conforme o coração de todos os enlutados”, declarou Botelho.
“Romoaldo fez história na política de Mato Grosso, principalmente na defesa da população que vive na Região Norte do estado e, sua gentileza e carinho com todos ao seu redor, deixarão imensas saudades. Eu, e toda a minha família, desejamos que neste momento de luto, toda a família seja consolada e que Jesus, em sua infinita misericórdia, o receba em seus braços”, complementou a vice-presidente da Mesa Diretora, deputada Janaina Riva.
Romoaldo Júnior, como era conhecido nos mais de 40 anos de atuação no estado, estava internado em um hospital na capital mato-grossense se recuperando de uma intervenção cirúrgica após sofrer um acidente vascular cerebral na última semana.
Com trajetória marcada pela atuação em prol do desenvolvimento do Nortão, ocupou posições de destaque em suas participações na Casa de Leis, assumindo como presidente, primeiro-secretário e vice-líder do governo nos seis mandatos no Parlamento.
Romoaldo Júnior deixa a esposa Ideme Maria Rodrigues, dois filhos e dois netos.
O velório será aberto ao público, no Saguão Negro na ALMT, neste domingo, a partir das 20horas. O sepultamento será feito nesta segunda-feira (18), no período matutino – com horário e local a serem confirmados.
Trajetória: Romoaldo Aloísio Boraczynski Júnior é natural de Paranavaí, no Paraná. O paranavaiense chegou a Mato Grosso no ano de 1978, quando foi transferido de uma agência do extinto Banco Financial da cidade de Maringá PR para uma agência na cidade de Alta Floresta em Mato Grosso. Foi o primeiro da família a vir para o estado. Na sequência vieram seus irmãos e os pais Romoaldo Aloísio Boraczynski e Lourdes Venâncio da Rocha Boraczynski.
Seu perfil aberto, raciocínio rápido, personalidade amigável e jeito extrovertido foram determinantes para o seu crescimento profissional. Com oito anos de idade começou a trabalhar como engraxate. Depois atuou na limpeza de torno mecânico juntamente com o pai que era torneiro. Aos 14 anos começou como office-boy no Banco Financial na cidade de Nova Londrina (PR). Depois foi transferido para Maringá (PR) e dessa última – quando já tinha 18 anos – foi transferido para Alta Floresta localizada no extremo norte do estado de Mato Grosso, cidade pela qual adquiriu profundo amor e onde possuia residência fixa até hoje.
Além de bancário, antes de dar início a sua carreira política na cidade que é considerada a “Capital do Nortão”, Romoaldo foi proprietário de uma distribuidora de bebidas e gerente de fazenda.
Em 1982, com apenas 22 anos de idade, iniciou a sua trajetória política, se elegendo o terceiro vereador mais bem votado de Alta Floresta.
Com um trabalho reconhecido pela população, foi ganhando espaço no cenário político e se elegeu deputado estadual em 1990, escolhido na ocasião como líder do governo Jayme Campos.
Voltou a ser eleito no ano de 1994, mandato em que eleito pelos pares o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa. Em 1998, novamente conquistou a cadeira no Legislativo. Depois de três mandatos como deputado estadual e com ampla experiência, Romoaldo voltou para Alta Floresta para ser prefeito da cidade, com mais de 60% de aprovação nas urnas de 2000.
Em 2010, retornou à Casa de Leis para assumir o seu quarto mandato, período em que também foi primeiro vice-presidente da Assembleia e líder do governo no Legislativo. Em 2014 reelegeu-se com 41.764 votos.
No dia 6 de fevereiro de 2019, o deputado assumiu o seu sexto mandato e se tornou o parlamentar com mais tempo no Parlamento mato-grossense. Sua vasta experiência também contribuiu para que o governador Mauro Mendes (DEM) o convidasse para ser vice-líder do governo na Assembleia Legislativa.
Em 2022 anunciou sua aposentadoria de vida política, passando a se dedicar a projetos pessoais desde então.
Fonte: odocumento