O presidente da , Javier Milei, confirmou que fechará a principal agência estatal de notícias do país, a Telam. Ele anunciou a decisão nesta sexta-feira, 1º.
Ao justificar o fechamento da Telam, Milei a classificou como um veículo de propaganda política associado ao kirchnerismo. A declaração ocorreu durante a abertura das sessões legislativas do Congresso. O jornal La Nacion reportou os detalhes.
Essa medida faz parte de um contexto mais amplo de intervenção nos meios de comunicação públicos. O governo iniciou essa prática no começo de fevereiro.
Adicionalmente, Milei mencionou o fechamento do Instituto Nacional contra a Discriminação e a Xenofobia. Ele justificou que a instituição desperdiçava recursos financeiros para manter “militantes alugados”.
A decisão de fechar a Telam integra um decreto de necessidade e urgência e afeta outros veículos, como a Educ.ar, a Rádio e Televisão Argentina e a Conteúdo Público. Esse grupo engloba diversos veículos e plataformas de mídia estatal.
Milei quer o fim de previlégios para a “casta política”
No âmbito de reformas políticas, o presidente da Argentina introduziu um conjunto de medidas “anticasta”. A ideia é reformular a conduta dos políticos argentinos. Entre as propostas destaca-se a restrição de viagens em aviões privados para políticos e seus familiares. A exceção aplica-se apenas em compromissos oficiais. A Administração Nacional de Aviação Civil estabelecerá as novas regras.
Milei também planeja propor uma legislação que busca erradicar o financiamento público de partidos políticos. A legislação incluirá a “lei ficha limpa”. Essa lei visa barrar as candidaturas de indivíduos condenados em segunda instância.
Outra reforma almeja modificar o sistema de aposentadorias e eleições sindicais. A proposta inclui cortes em benefícios de aposentadoria para funcionários públicos condenados. Há descontos salariais para servidores públicos em greve.
“Obrigaremos os sindicatos a elegerem suas autoridades por meio de eleições periódicas, livres e supervisionadas pela Justiça Eleitoral, que limitará os mandatos a quatro anos e estabelecerá o limite de uma única reeleição”, disse Milei.
Fonte: revistaoeste