O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo fizeram denúncias sobre o avanço do autoritarismo no Brasil ao jornalista norte-americano . A entrevista ocorreu nos Estados Unidos, na quinta-feira 29.
Carlson, ex-apresentador da emissora Fox News, recentemente chamou a atenção nas redes sociais ao entrevistar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 6 de fevereiro. Depois do russo, Carlson recebeu o deputado federal e o jornalista em seu próprio canal.
Logo no início, o parlamentar teceu críticas ao e mencionou os protestos e as prisões do 8 de janeiro de 2023. .
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— Tucker Carlson (@TuckerCarlson) March 1, 2024
Carlson, ao perguntar se o Brasil é um país livre, recebeu uma resposta negativa de Eduardo Bolsonaro. O deputado se amparou no fato de três jornalistas se encontrarem em exílio nos EUA, atualmente com seus passaportes bloqueados: Allan dos Santos, o colunista de e Paulo Figueiredo, que conversou com Carlson em seguida.
Sobre a legitimidade das eleições de 2022, Eduardo Bolsonaro afirmou que ele mesmo “deve ter cuidado com as palavras”. O jornalista imediatamente indagou o motivo. O parlamentar usou como exemplo Daniel Silveira, que se referiu aos ministros do Supremo com palavras de baixo calão. Por este motivo, foi condenado a nove anos de prisão.
“Não posso acusar que as eleições foram fraldadas”, afirmou o deputado. “Mas eles não podem provar que não foram.”
, por criticar a legitimidade da urna eletrônica.
“Sempre há o risco de ser preso pelo Supremo Tribunal”, enfatizou Eduardo Bolsonaro. O deputado responsabilizou Moraes pelas recentes decisões da Corte. Como exemplo, .
Em seguida, o deputado disse que não havia a quem recorrer. “O Supremo Tribunal processa pessoas”, disse Eduardo Bolsonaro. “Eles são as vítimas, os acusadores e os juízes de todos, sem distinção. Isso não é mais uma democracia.”
Assim como Constantino, . Depois do parlamentar, o jornalista continuou a entrevista com Carlson sobre os episódios da política brasileira. “Nem sabia que era possível”, relatou Figueiredo, ao ser interpelado sobre o seu afastamento. “Até 2020, apenas traficantes de drogas tinham seus passaportes apreendidos pelo governo brasileiro.”
Figueiredo informou que, enquanto atuava na Jovem Pan, recebeu um telefonema em dezembro de 2022. Na ligação, uma moça informou o jornalista que o STF iria derrubar as redes sociais dele. Até então, o Instagram de Figueiredo contabilizava 1,5 milhão de seguidores, aproximadamente.
Depois disso, a Polícia Federal congelou as contas do jornalista e seu passaporte, o que o impediu de voltar ao Brasil. Figueiredo contou que sempre abre novas contas no YouTube e nas redes sociais, constantemente bloqueadas por Moraes. Contudo, o jornalista afirmou a Carlson que não desiste de reabri-las e de ganhar inscritos. “A democracia está absolutamente morta”, concluiu Figueiredo.
Fonte: revistaoeste