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Política

Gleisi Hoffmann defende Guido Mantega na Vale, que sofre desvalorização na Bolsa: Saiba mais sobre a posição da senadora e as consequências para a empresa

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Gleisi Hoffmann, presidente do (PT), usou as redes sociais para defender a indicação do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o Conselho de Administração da Vale nesta quinta-feira, 25.

A Vale fechou o dia com recuo de 2,2% na Bolsa de Valores, depois das notícias sobre sua condenação, ao lado da BHP e Samarco, de pagar R$ 47,6 bilhões em indenizações por danos morais coletivos resultantes do rompimento da barragem de Mariana (MG) em 2015.

Gleisi Hoffmann disse que Guido Mantega é “um dos brasileiros mais injustiçados de nossa época”. Em um longo texto publicado no Twitter/X, Gleisi Hoffmann narrou seu ponto de vista sobre o ex-ministro, incluindo seus feitos nos dois primeiros mandatos do presidente e da ex-presidente Dilma Rousseff. 

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Em grandes empresas, executivos que possuem participação na Vale estão se sentindo pressionados por telefonemas do ministro Alexandre Silveira, de , que pede apoio para a escolha de Mantega para o cargo de presidente da companhia. A informação foi divulgada pelo portal Poder360.

A Vale foi em maio de 1977, por isso o governo não pode decidir, de modo unilateral, quem comanda a empresa. O salário mensal de Guido Mantega, caso ele seja efetivado no cargo, seria de R$ 4,9 milhões. 

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Executivos estão sendo pressionados a apoiar Guido Mantega | Foto: Antonia Cruz/Agência Brasil

“Vamos falar a verdade sobre Guido Mantega, um dos brasileiros mais injustiçados de nossa época. Ele foi ministro da Fazenda de março de 2006 a dezembro de 2014, nos dois primeiros governos Lula e no primeiro mandato da presidenta Dilma. Vamos lembrar o que aconteceu com a economia brasileira ao longo daqueles quase 9 anos:

– A inflação foi controlada dentro da meta em todo o período, e foi de 3,64% em 2007, a menor dos últimos 25 anos.

– O brasileiro cresceu em média 3,5% ao ano, sendo 4,1% nos governos Lula, e atingiu recorde de 7,5% em 2010, o maior nos últimos 37 anos.

– A taxa de desemprego, que era de 10% em 2006, caiu para 4,8% em 2014, um recorde histórico, praticamente pleno emprego.

– A taxa de juros real, descontada a inflação, que era em média de 11% ao ano, foi derrubada para 5,2% em média por ano.

– Foi com Guido na Fazenda que o Brasil conquistou, em 2008, o chamado grau de investimento, mantido ao longo de sua gestão.

– O Brasil nunca recebeu tanto investimento externo direto, que passou US$ 15,5 bi em 2006 para US$ 87 bi em 2014, com outro recorde histórico, de US$ 102 bi em 2011.

– A taxa de investimento (FBCF) passou de 17,1% do PIB para 19,9% em 2014, com média de 19,6% ao ano e recorde de 20,9% em 2013, a maior do século.

– O crédito bancário disponível à população saltou de 25% do PIB para 53%.

– As reservas internacionais do Brasil saltaram de US$ 53 bi em 2005 para US$ 376 bi em 2014, o sexto maior volume de reservas no mundo. Foi o que salvou o país da instabilidade financeira e de ataques especulativos ao real, desde então.

– Para os fiscalistas de plantão: com crescimento econômico, o Brasil teve expressivos superávits primários em 8 dos 9 anos de Guido Mantega, média de 2,23% do PIB ao ano. E a dívida líquida no período caiu de 49% para 33% do PIB.

– E o que é muito importante: o salário-mínimo teve crescimento real de mais de 70%. Na comparação com o dólar, passou do equivalente a US$ 117 em 2006 para US$ 308 em 2014, com recorde histórico de US$ 326 em 2011.

– Lembrando sempre que ele era o ministro da Fazenda quando o Brasil enfrentou, com mais sucesso do que qualquer outro país, a maior crise financeira global da história, em 2008 e 2009.

Pouquíssimos brasileiros são tão qualificados quanto Guido Mantega para compor o Conselho da Vale, uma empresa estratégica para o país e na qual o governo tem participação e responsabilidades, mesmo depois de sua privatização danosa ao patrimônio público. É qualificado para esta ou qualquer outra importante, que exija capacidade e compromisso com o país.

Guido Mantega foi alvo de mentiras e acusações falsas do lavajatismo. Provou sua inocência, foi absolvido de tudo, mas nada vai reparar seu pessoal nesses anos de perseguição. Agora virou alvo de mentiras grosseiras por parte da mídia que quer condená-lo ao ostracismo, perpetuando a injustiça. Como não têm argumentos válidos contra ele, atacam uma caricatura desenhada pela falsificação histórica de sua gestão na Fazenda. 

São porta-vozes do que existe de mais atrasado e mesquinho entre as chamadas elites econômicas, papagaios da plutocracia e do rentismo. Guido não está sendo atacado por defeitos ou erros que tenha cometido. É atacado (e até odiado) por causa da inestimável contribuição que deu à estabilidade, qualidade e crescimento da economia em nosso país. Por tudo que fez pelo Brasil, Guido Mantega merece todo respeito e nossa irrestrita solidariedade.”

Fonte: revistaoeste

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