Via @terrabrasil | Em 2015, o estudante Daniel Rebelo, então com 16 anos, foi ridicularizado na audição da competição musical ‘Ídolos’ em Portugal.
Quando ele estava diante dos jurados para ser avaliado, uma imagem editada mostrou suas orelhas de abano ainda maiores.
A ironia com a condição física produziu constrangimento no rapaz. Na imprensa, foi chamado de “o menino das orelhas”. Ele não passou na seletiva e desapareceu após o episódio vexatório no canal de TV SIC, parceiro da Globo.
Sua história voltou a gerar manchetes recentemente com os preparativos para o julgamento de uma ação de indenização.
Uma avó do candidato – órfão de pai e abandonado pela mãe – entrou na Justiça exigindo ao neto uma indenização de 100 mil euros, equivalente a R$ 530 mil.
Após se submeter a uma transição de gênero, Daniel hoje é Alexa. Ela tem evitado aparecer diante das câmeras para não sofrer outro tipo de preconceito, a transfobia.
Em alguns ‘talent shows’ no Brasil, assistimos a situações semelhantes: jurados debocharam de características físicas e comportamentais de candidatos à fama. Atitude desprezível em nome do entretenimento e da audiência.
Esse desrespeito agora pode ser tipificado como crime. O presidente Lula sancionou a Lei 14.811 que protege a criança e o adolescente contra a violência do bullying e do cyberbullying. Em caso de condenação, o réu pode pegar até 4 anos de prisão.
O SUS (Sistema Único de Saúde) realiza gratuitamente a cirurgia de Otoplastia, ou seja, correção das orelhas. O paciente precisa ser examinado por um médico e receber a indicação escrita para o procedimento.
A montagem desrespeitosa produzida para supostamente divertir os telespectadores
Foto: Reprodução
Jeff Benício
Fonte: @terrabrasil