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Economia

Governo considera subsidiar conta de luz para impulsionar ‘transição energética’

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva está avaliando formas de compensar o consumidor pelo possível aumento da conta de luz com os investimentos em transição energética.

+ no site da Revista Oeste.

A afirmação foi feita em Davos, na Suíça, onde o ministro participa do Fórum Econômico Mundial e tenta emplacar o Brasil como uma liderança em bioenergia.

“Nós estamos estudando alternativas”, disse Silveira à Folha de S.Paulo. “Não quero chamar de subsídio; eu quero chamar de como nós vamos financiar o impacto que a transição energética terá na conta de luz, e como que nós vamos poder continuar a financiar de forma tal que nos abra espaço para continuar avançando na transição sem perder vigor na economia.”

O ministro, que defende um “Estado forte” no setor de energia, projeta o Brasil como “celeiro de descarbonização do planeta”. Mas isso somente se houver recursos para estimular as fontes de energia renováveis e subsídios aos consumidores.

Enquanto esse futuro sem combustíveis fósseis não chega, Silveira quer mesmo é investir em petróleo. A meta é conseguir autorização para explorar a Margem Equatorial na foz do Rio Amazonas. Os recursos eventualmente advindos com esse possível petróleo poderiam financiar a transição energética.

“Não há ninguém que possa bater o martelo em quanto tempo a transição energética se dará de forma efetiva. Quando eu vejo uma coisa mais contextual, aposto que o petróleo ainda vai ser uma fonte energética importante entre 20 e 30 anos”, declarou à Folha.

Além de falar sobre transição energética, ministro critica privatizações no setor de energia e defende “Estado forte”

Transição energéticaTransição energética
Marina Silva, Ministra Do Meio Ambiente, E Alexandre Silveira, No Fórum Econômico Mundial | Foto: Divulgação/World Economic Forum

O ministro também criticou as privatizações no setor de energia, como a , sob o argumento de que isso traz um “risco à segurança energética”. Porém, elogiou os leilões de linhas de transmissão realizados pelo governo Lula nos últimos meses.

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O ministro disse que não descarta a reestatização de empresas e disse que a judicialização e as multas podem ser usadas como instrumento para forçar as empresas a cumprirem compromissos.

“Nada contra o lucro, mas o setor elétrico é como o setor de saúde, você não pode olhar para o setor elétrico com olhos exclusivamente de rentabilidade. A mão do Estado nesse setor tem que ser tão forte quanto é a mão do Estado na segurança, na saúde e na educação, que são constitucionalmente protegidos”, declarou.

Fonte: revistaoeste

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