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A Dura Vida dos Dalits na Índia: Conheça de perto essa realidade difícil

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Há aproximadamente 200 milhões de dálites na . Eles estão entre os cidadãos mais marginalizados do país, e condenados aos escalões mais baixos da sociedade por uma rígida hierarquia de castas. 

Apesar de instituições estatais oferecerem cotas para a tribo — que reduziu as lacunas na educação, renda e saúde, elevando alguns deles a postos altos na sociedade —, um número significativo, no entanto, continua a fazer trabalhos evitados por outros, o descarte de animais mortos e a limpeza de esgotos. 

Alguns chegam a ficar 8 meses sem trabalho

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Nascidos de um ato de desafio do final do século 19, os Ramnamis, do Estado de Chhattisgarh, chegam a gravar suas devoções na sua própria pele — uma forma de mostrar sua identidade | Foto: /Flickr

Os Musahars — comunidade Dalit cujo nome significa “pessoas rato” — são tão pobres que sua geralmente inclui ratos. Muitos chegam a ficar até oito meses sem trabalho. 

Entretanto, ao enfrentar o desafio de sobrevivência, os Musahars encontram meios de subsistência alternativos, como o Nachaniya. São artistas do sexo masculino, de dez a 23 anos, que se vestem como mulheres e se apresentam em casamentos nas aldeias. 

Outro tipo de arte usado por essa tribo está nos Ramnami — outro grupo Dalit —, que, com o rosto e a cabeça raspados e tatuados, repetem uma música de “Ram”, isto é, trata-se de uma manifestação eloquente de canto em forma de escrita. 

A luta para mostrar sua identidade

Nascidos no final do século 19, os Ramnamis, do Estado de Chhattisgarh, chegam a gravar suas devoções na sua própria pele — uma forma de mostrar sua identidade. 

Algumas mulheres Dalit resistiram às restrições de castas superiores, desenvolvendo uma forma única de adorno — as tatuagens.

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Os Musahars — Comunidade Dalit Cujo Nome Significa Pessoas Rato — São Tão Pobres Que Sua Alimentação Geralmente Inclui Ratos | Foto: Reprodução/Flickr

“Proibidas de retratar divindades hindus, elas encontraram inspiração na natureza”, diz Asha Thadani, fotógrafa dos dálites. “Hoje, suas pinturas são renomadas, servindo como fonte de subsistência e testemunho da criatividade e coragem dessas mulheres.” 

Trabalho duro e desvalorizado 

Alguns fazem parte de um grupo que queima cabeças de cabra do lado de fora do mercado de carne, na cidade de Bangalore. 

Dalits na igrejaDalits na igreja
Ao enfrentar o desafio de sobrevivência, os Musahars encontram meios de subsistência alternativos, como o Nachaniya | Foto: /acn.org

As cabeças de cabra são processadas a fogo para remover a pele. Isso facilita a preparação e a venda do órgão mais caro — o cérebro. Esse processo é um passo importante na preparação da carne. 

Expostos ao calor, os que fazem esse trabalho têm uma expectativa de vida de 35 a 45 anos. Os espetos de metal que são usados ficam extremamente quentes durante a queima. Isso afeta a sensibilidade das mãos ao segurá-los durante todo o dia de trabalho. 

O trabalho é realizado exclusivamente por dálites do sexo masculino. Alguns com entre dez e 12 anos. Eles recebem um pagamento de 15 rúpias (R$ 0,18) pelo processamento de uma cabeça de cabra. 

Fonte: revistaoeste

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