A falsificação de alimentos é mais comum do que se pensa, envolvendo produtos que imitam a aparência e características dos originais.
Todavia, quando são falsificados carecem das mesmas propriedades nutritivas.
Geralmente, são vendidos a preços significativamente mais baixos, já que os falsificadores economizam na produção para aumentar os lucros.
A nutricionista Amanda Bienna destaca que os consumidores muitas vezes não percebem as alterações na lista de ingredientes ao comprar produtos.
Como consequência, acabam sendo facilmente enganados quanto à pureza dos alimentos.
Para evitar essa armadilha, é crucial observar o local de compra, o armazenamento e a procedência dos alimentos.
Um dos produtos que muitas vezes sofrem alteração é a canela, uma das especiarias mais antigas do mundo.
Ela é extraída do tronco da caneleira, uma árvore originária do antigo Ceilão, agora Sri Lanka, e do sul da Índia.
O consumo regular de canela, integrado a uma dieta equilibrada, proporciona vários benefícios para a saúde.
Além de ser ingerida por meio do chá, a canela também é predominantemente utilizada como condimento e aromatizante na culinária.
Por isso, reconhecer a canela verdadeira é fundamental para quem busca uma experiência autêntica e os possíveis benefícios à saúde associados a essa variedade.
Ao observar a aparência, sabor, origem e rótulos, é possível aumentar as chances de adquirir canela de qualidade.
Vale ressaltar que, independentemente da variedade, é importante consumir canela com moderação.
Neste artigo, vamos fornecer dicas práticas para ajudar na identificação da canela verdadeira e evitar a variedade falsa frequentemente confundida com ela.
A canela verdadeira (Cinnamomum verum ou zeylanicum) e a cássia (Cinnamomum cassia) são frequentemente comercializadas como “canela”, embora sejam especiarias distintas.
A canela verdadeira é mais cara, apresenta um sabor suave, enquanto a cássia é mais forte e picante.
A falsificada é extraída de uma planta chamada cássia ( Cinnamomum cassia) , nativa do sul da China e Indonésia, abrangendo um território muito maior.
Por esse motivo, torna-se facilmente disponível e muito mais barata, sendo vendida como canela em pau.
Ao comprar, verifique o rótulo para garantir autenticidade e escolha a canela verdadeira se desejar um sabor mais genuíno.
As ramas (pau) da canela verdadeira geralmente tem camadas mais finas, frágeis e que se enrolam facilmente em um formato de tubo.
Enquanto que, os paus de canela do Cássia são mais espessos e rígidos, dificultando sua enrolação.
Portanto, ao comprar, opte por palitos finos que se desenrolam facilmente, pois isso costuma ser indicativo de canela verdadeira.
A canela verdadeira possui um sabor complexo e adocicado, com nuances cítricas e florais, ao passo que a cássia é mais intensa e picante.
Recomenda-se experimentar uma pequena quantidade antes da compra para avaliar tanto o sabor quanto a fragrância.
Também fique alerta para adulterantes comuns na canela, como óleo de casca de canela ou misturas de canela em pó com substâncias como serragem ou farinha.
Ao adquirir canela embalada, procure por selos ou certificações de qualidade que atestem a autenticidade do produto.
Examine a embalagem quanto a erros de ortografia ou gramática, pois marcas confiáveis mantêm rótulos precisos.
Observe os rótulos em busca de indicações como “Canela do Ceilão” ou “Canela Verdadeira” para identificar a especiaria original.
Erros comuns na embalagem podem indicar produto falso, portanto, se estiver descrito apenas “canela” ou “canela Cassia”, é provável que não seja autêntico.
A canela verdadeira, muitas vezes relacionada ao Sri Lanka (anteriormente Ceilão), contrasta com a cássia, mais comumente cultivada na China e na Indonésia.
A origem geográfica do produto pode ser um indicativo de sua autenticidade.
A cássia possui níveis elevados de cumarina, um composto potencialmente prejudicial em grandes quantidades.
Para se ter uma ideia, a cumarina possui propriedades tóxicas que podem sobrecarregar o fígado.
Já a verdadeira canela tem quantidades significativamente menores.
Se houver preocupações com a cumarina, escolha a canela verdadeira ou produtos que indiquem baixos níveis dessa substância.
A canela verdadeira, geralmente comercializada em bastões, pode ser moída em casa, se necessário.
Já a cássia é comumente encontrada na forma de pó, sendo mais áspera.
Ao lidar com canela em pó, preste atenção à textura e ao sabor para distingui-las.
Aqui está uma outra forma de determinar se sua canela é genuína ou não: o preço.
Quando se trata de canela, você obtém o que paga.
Se comprar uma mercadoria muito barata, provavelmente não está adquirindo um produto de qualidade.
A canela do Ceilão não é econômica, geralmente custando em média 30,00 a embalagem com 30 g nas lojas online.
Todavia, sua durabilidade e qualidade superior compensam.
Além disso, seu sabor agradável permite o uso de menor quantidade para obter o mesmo sabor desejado.
Vale ressaltar que também é notavelmente mais fresca, especialmente quando adquirida de uma empresa que realiza a moagem manual e obtém o pau de canela diretamente do Sri Lanka.
Quando busca adquirir canela verdadeira do Ceilão, é crucial encontrar um fornecedor confiável especializado nesta especiaria.
Aqui estão algumas dicas:
Explore lojas online respeitáveis e conhecidas por oferecer produtos de qualidade
Verifique as avaliações dos clientes para garantir a credibilidade.
Visite mercados de agricultores ou lojas especializadas em especiarias, pois muitas vezes obtêm produtos diretamente de agricultores, assegurando autenticidade.
Questionar sobre a origem da canela pode ser útil.
Opte por marcas com certificações indicando autenticidade.
Essas certificações são garantias de qualidade.
Se possível, compre diretamente do Sri Lanka para garantir frescor e autenticidade.
Procure exportadores confiáveis especializados em canela do Ceilão.
Ao seguir essas dicas fundamentais, você assegura a compra de canela do Ceilão autêntica para suas necessidades culinárias.
Além de aprender a distinguir entre canela verdadeira e falsa, descubra como reconhecer diferentes alimentos autênticos e falsificados.
Fonte: curapelanatureza
