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Como incorporar carne vermelha e branca de forma saudável em sua alimentação

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A ideia de alimentação saudável está muito ligada ao amplo consumo de frutas, vegetais, cereais e leguminosas. Isso acontece porque esses alimentos possuem uma ampla gama de nutrientes e vitaminas essenciais para garantir uma boa saúde, ao mesmo tempo em que não oferecem riscos para ela.

Contudo, e em relação às carnes? É permitido incluir o consumo de picanha bovina fatiada na sua dieta? Quais são os principais cuidados que se deve ter em relação ao consumo de carne vermelha e branca? Neste texto, entenda melhor as características desses tipos de carnes e as recomendações de como incluí-las na alimentação sem oferecer riscos para a saúde.

Carne vermelha: vilã ou possível aliada?

Quando se fala em alimentação saudável e equilibrada, a carne vermelha sempre é tema de discussão. Em muitos casos, ela é tida como a vilã da história. A fama não é para menos, já que por muitos anos, estudos científicos apontaram que seu consumo está relacionado ao aumento do colesterol e das chances de desenvolver doenças como câncer de intestino e aquelas do coração, como infarto e insuficiência cardíaca.

Porém, essa visão foi posta em xeque nos últimos anos. Uma revisão publicada no Annals of Internal Medicine, em 2019, concluiu que a ligação entre o consumo da carne vermelha e o risco de desenvolver essas doenças era baixo. Contudo, para que a afirmação seja possível, é preciso encontrar mais evidências. O artigo recebeu críticas de cientistas, mas o tópico ainda não tem uma conclusão definitiva.

Dessa forma, é vantajoso ou não incluí-las no cardápio? Apesar dos riscos citados, elas oferecem vantagens ao organismo, principalmente por serem uma excelente fonte de proteína. Uma porção de 100 gramas conta com cerca de 20 a 30 gramas do nutriente, o que corresponde a quase 50% da dose diária que o ser humano adulto precisa. Esse tipo de carne também conta com aminoácidos essenciais, que não são produzidos pelo organismo e são necessários para formar proteínas. Elas, por sua vez, são importantes para o crescimento, recuperação e manutenção do corpo.

Além disso, a carne vermelha favorece a absorção de ferro vegetal que é consumido em vegetais, cereais e leguminosas. Dessa forma, seu consumo auxilia no combate à anemia, assim como sua boa concentração de zinco ajuda no desenvolvimento e fortalecimento do sistema imune.

O segredo está, então, na quantidade em que se deve consumi-la. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade ideal de consumo desse tipo de carne é entre 300 e 500 gramas na semana, estando no prato até duas vezes por semana. É importante que quem seja portador de doenças cardiovasculares ou metabólicas, tenha colesterol alterado ou alto nível de séricos de ferro reduza essas quantidades para não ter problemas.

Também faz diferença a escolha do tipo de corte. O certo é sempre optar por carnes mais magras, como maminha, filé mignon, coxão duro e mole, lagarto, patinho. Aquelas mais gordurosas, como picanha, devem ser consumidas mais raramente. Contudo, a pior escolha a se fazer e que deve ser excluída do cardápio são as carnes processadas, exemplo da linguiça, toucinho, bacon e salsicha. Esses tipos de carne estão no grupo 1 dos carcinogênicos da OMS, ao lado do tabaco.

Carne branca

Já a carne branca é um derivado de animais que têm baixa concentração de mioglobina, sendo que os exemplos mais clássicos são peru, frango e peixe. Esse tipo de carne é menos calórica e menos gordurosa do que a vermelha, o que faz com que ela seja considerada um tipo mais saudável para consumo, tanto para consumo regular quanto para quem está realizando dietas de perda de peso.

Além de ter menos calorias e gordura, a carne branca se destaca por ser rica em ômega 6 e ômega 3, o que colabora para reduzir os riscos de doenças como AVC e infarto. Por causa dessas qualidades, ela pode ser consumida em maior quantidade do que a citada acima para as carnes vermelhas. Entretanto, também é importante não haver exageros.

Nos dois casos, a melhor recomendação é conversar com um especialista em nutrição para montar uma dieta equilibrada que respeite suas necessidades e características, encontrando, assim, a opção mais saudável.

Fonte: primeirahora

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