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Projeto Cuiabá Sonoro: uma iniciativa inclusiva que conecta pessoas de todas as idades e regiões da cidade

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O Projeto Cuiabá Sonoro, desenvolvido pela Prefeitura de Cuiabá, através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, está fazendo a diferença na vida de moradores de diversos bairros de Cuiabá. São aproximadamente 160 alunos distribuídos em turmas no período da manhã e à tarde, de segunda a sexta-feira, e uma turma à noite, nas quartas-feiras.
 
Interessados em frequentar o Projeto devem ficar atentos porque novas vagas serão abertas no início do próximo ano e a procura é grande.
 
“Temos alunos dos mais diversos bairros e regiões de Cuiabá, para ter uma ideia até do Centurão Verde, próximo ao Pedra 90. É a expansão da musicalidade por todos os cantos. E, já notamos uma certa procura por parte de novos interessados, mas só em 2024 teremos vagas. Agora é focar o trabalho com os que já estão no projeto e envolvê-los numa apresentação de fim de ano para que sejam protagonistas desse trabalho”, declarou o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Aluízio Leite.
 
Antônio Carlos Curvo Nascimento tem 12 anos e mora no bairro Lixeira.
 
Ele sonha em tocar rock, quem sabe numa banda futuramente. Para isso, desde cedo tentava aprender sozinho, pesquisando conteúdo por meio da Internet. Até que no início deste ano, o pai viu sobre o Projeto Cuiabá Sonoro que era gratuito, fator que facilitaria muito para a família, e ele não perdeu a oportunidade.
 
“Ah, veio em boa hora essa oportunidade e consigo conciliar com a escola.
 
Não digo que foi fácil porque eu tinha dificuldade com a coordenação motora, achava difícil agilizar os dedos para comandar as cordas do violão.
 
Mas treino em casa também e isso já me ajudou bastante. Estou muito feliz porque estou fazendo algo que gosto muito, tocar violão, depois ampliar para a guitarra e assim vou”, revelou o menino.
 
Para Sebastião Eriberto de Almeida, do CPA 4, primeira etapa, a realidade é diferente. Aos 66 anos ele encara a oportunidade como terapia, mas já foi um sonho de adolescente. Quando jovem, ele queria tocar violão, mas revela que naquele tempo não tinha oportunidade e que os que se dedicavam a tocar eram taxados como preguiçosos. “Era coisa de preguiçoso, nosso foco era a lida pesada da vida. Hoje eu tento recuperar o tempo que não tive, e agora, com outros olhares. Gosto de tocar em sintonia com a natureza, ouvindo o cantar dos pássaros. Para mim, a música é a matemática da vida”, declarou seo Sebastião.
 
E para quem pensa que o aprendizado instrumental é para jovens ou então terapia, se engana. A contadora Rafaela Amância da Costa, 40 anos, moradora do bairro Boa Esperança, comanda seu próprio negócio e nunca imaginava tocar violão, apesar de sempre admirar quem faz com desenvoltura. “Estou animada com o Cuiabá Sonoro e com a oportunidade que abracei. Quero aprender para animar as rodas de conversa com os amigos. Estou há três meses e já aprendi a tocar duas músicas. É um avanço para quem nunca imaginava que iria aprender”, declarou.
 
Para a coordenadora do Projeto Cuiabá Sonoro e também professora, Karol Bataioli, as histórias ilustram a troca de experiências. “Sempre gostei de ministrar aulas. É muito prazeroso, aprendemos mais do que ensinamos.
 
Gosto dessa variedade de alunos e idades, os adolescentes têm muita facilidade e quando os mais velhos conseguem um bom resultado é uma festa. E desenvolver um projeto que tem o envolvimento de todos, alunos, professores, secretários e a gestão municipal é ainda melhor, porque dá a oportunidade de realizar sonhos e de outras a sonharem”, pontuou.
 
O Projeto Cuiabá Sonoro começou no início deste ano com turmas de violão. Em junho ampliou com vagas para outros instrumentos como violoncelo, flauta doce e flauta transversal, saxofone, clarinete, trompete e trombone. Atualmente possui vários professores envolvidos na ministração dos cursos, todos com formação em música. É uma ação da gestão municipal, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, que oferece os cursos gratuitamente para idades acima de 10 anos.
 
 
 
 
 

Fonte: matogrossodigital

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