Sophia @princesinhamt
Mundo

CEO de empresa australiana gera indignação ao justificar desemprego em posição controversa

2024 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O milionário Tim Gurner, CEO do Gurner Group, da Austrália, afirmou que o desemprego daria à empresas mais poder sobre os funcionários. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o executivo declarou que os empregados se tornaram arrogantes desde a pandemia de covid-19.

“Precisamos ver dor na economia”, disse Gurner. “Precisamos ver o desemprego subir — o desemprego tem de saltar de 40% para 50%, na minha visão.”

Leia mais: “IBGE: desemprego atinge 8,6 milhões de brasileiros”

As declarações, feitas na cúpula imobiliária Australian Financial Review, na terça-feira 12, foram contundentes.

“Penso que o problema que temos é que as pessoas decidiram que não queriam na verdade trabalhar tanto, por causa da covid”, observou o CEO. “E isso teve um problema na produtividade. Os comerciantes receberam muito para não fazer muito nos últimos anos, e precisamos ver essa mudança.”

Gurner continuou o discurso. “Precisamos lembrar as pessoas que elas trabalham para um empregador, não ao contrário”, afirmou o executivo. “Houve uma mudança sistemática em que os funcionários pensam que o empregador é extremamente por tê-lo, e não ao contrário. Então, é uma dinâmica que precisa mudar.”

Leia mais: “EUA registram pior mês de março para a indústria em 3 anos”

Para Gurner. as mudanças pregadas por ele já começaram com “demissões em massa”, que levaram ao que considera “menos arrogância no mercado de trabalho”.

Declarações do empresário foram criticadas por políticos na Austrália e nos Estados Unidos

2024 word22024 word2
Empregos nos começaram a ser retomados, mas há empresas que ainda demitem| Foto/Pixabay

Os comentários causaram indignação nas redes sociais. No Twitter/X, o parlamentar australiano Jerome Laxale descreveu a fala como “comentários que você associaria a um supervilão de desenho animado, não ao CEO de uma empresa em 2023″.

Já Keith Wolahan, legislador liberal australiano, afirmou para a mídia do país que a perda de emprego “significa pessoas nas ruas e dependentes de bancos de alimentos”.

Nos EUA, grandes empresas, como a Lyft, Deloitte, a Meta e a Whole Foods, realizaram recentes demissões em massa.

Isso, no entanto, ocorre em meio à recuperação do emprego de muitos norte-americanos, que deixaram o mercado de trabalho no que ficou conhecido como “A Grande Renúncia”. Tal situação tem aliviado a escassez de mão de obra e refletido a pressão dos preços mais elevados.

Em análise do site The Washington Post, o mercado de trabalho recuperou, como um todo, 75% dos 4 milhões de empregos perdidos por diferentes motivos, como morte, problemas de saúde e na família.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.