A arquitetura é responsável por criar e organizar diferentes tipos de ambientes essenciais para a vida social. O profissional formado nessa área cuida da estética, segurança e conforto de cada projeto arquitetônico, prezando pela funcionalidade e otimização das construções. A arquiteta e urbanista, especializada em interiores, Rosangela Pena fala sobre o que faz um arquiteto, possíveis atuações e salário-base.
O que é a arquitetura?
A arquitetura envolve o estudo, criação e organização de construções, constituindo, assim, grande importância social. Segundo a arquiteta Rosângela, a profissão é “uma arte que cria ambientes para abrigar diversos tipos de atividades humanas, visando não só o conceito estético e artístico, mas também a sua função”.
Classificada como uma Ciência Social, a arquitetura está presente em casas pequenas, grandes edifícios, planejamento de cidades etc. A atividade se preocupa com a segurança, o conforto e a comodidade de cada espaço.
O arquiteto precisa obedecer um conjunto de normas e regras essenciais para entregar um trabalho de qualidade. Assim, a profissão exige formação especializada. Em média, a graduação em arquitetura leva 5 anos para ser concluída.
Qual a diferença entre Arquitetura e Engenharia Civil?
Segundo Rosângela, “a arquitetura se preocupa mais com as formas, funções e otimização dos espaços”. A atividade também busca o bem-estar humano e a integração do conforto às construções.
Já a Engenharia Civil cuida da parte estrutural das construções. É responsável por administrar os cálculos dos projetos, incluindo a parte elétrica e hidráulica. As duas áreas precisam estabelecer um bom diálogo para entregarem resultados satisfatórios.
O que faz um arquiteto?
A área de arquitetura é muito abrangente e oferece um leque de possibilidades para os jovens profissionais, tanto em projetos de interiores quanto de exteriores. Abaixo, entenda o que faz um arquiteto, segundo a especialista Rosângela Pena:
1. Projeto arquitetônico
O projeto arquitetônico é uma etapa importante para a arquitetura, pois garante a segurança, o conforto e a viabilidade de uma construção. De acordo com Rosângela, “é possível projetar desde casas pequenas até grandes edifícios e hospitais”. Geralmente, arquitetos e engenheiros civis trabalham em conjunto para o sucesso da obra.
Um recurso que possibilita o acompanhamento e a realização de obras, sejam de construções novas ou reformas. Assim, possui diversas etapas, como briefing, estudo preliminar, levantamento de dados, projeto legal, projeto executivo e visita técnica.
2. Projeto de interiores
Segundo a arquiteta, “o projeto de interiores envolve alternativas e soluções responsáveis por otimizar espaços já construídos pela arquitetura”. A atividade vai muito além da decoração e está presente na disposição de layout, projetos mobiliários, luminotécnica, ergonomia, detalhamentos e compatibilizações de plantas.
Com um projeto de interiores bem realizado, os espaços ganham valor estético e oferecem bem-estar aos usuários. Por exemplo, o arquiteto pode personalizar uma casa a partir do gosto do cliente, prezando pela otimização da vida cotidiana.
3. Acompanhamento e execução de obras
Na arquitetura, a área de acompanhamento de uma construção corresponde às visitas técnicas para verificar a execução e o andamento dos projetos. Segundo a especialista, a função é responsável pela administração de mão de obra, agendamentos de fornecedores, orçamentos, entregas etc.
4. Projeto luminotécnico
O projeto luminotécnico é responsável pela iluminação artificial de uma construção. Segundo a profissional, por meio de um estudo detalhado, o arquiteto identifica qual é a luminosidade adequada para cada espaço. Em regra, considera-se a quantidade e o tipo de lâmpada, a altura da instalação de cada luminária de teto, assim como as cores presentes nos ambientes.
5. Design de mobiliário
“No design de mobiliário, o arquiteto usa a sua criatividade para desenvolver mobílias que sejam bonitas e funcionais”, para isso, é preciso considerar as questões de ergonomia aplicadas na arquitetura. Rosângela explica que o designer de móveis é responsável por construir peças com acabamentos personalizados e artísticos.
6. Paisagismo
O paisagismo é uma atividade que busca integrar a natureza aos espaços públicos ou privados, visando organizar cada ambiente com a paisagem. Segundo Rosângela, para atuar nessa área, o arquiteto “precisa ter um bom conhecimento de cada tipo de planta e seus significados”.
Tendência em casas sustentáveis, o paisagismo considera as questões ecológicas, visando diminuir os impactos ambientais. Um bom profissional é capaz de transformar um jardim em obra de arte.
7. Restauração
O profissional formado em arquitetura também pode atuar na área de restauração de edifícios e casas antigas. Sua formação garante conhecimento e capacidade técnica para atuar na preservação e manutenção de construções. Por exemplo, o arquiteto pode trabalhar em museus, obras tombadas e em órgãos de Patrimônio Histórico e Cultural.
Segundo Rosângela, em trabalhos de restauração, o arquiteto precisa ter conhecimento histórico, principalmente do local a ser restaurado. Assim, preza-se pela “saudabilidade da obra sem perder a sua essência e história”.
8. Planejamento urbano
Enquanto a maioria dos projetos de arquitetura cuida de espaços menores e de interiores, o planejamento urbano é responsável pelos ambientes “macro”, ou seja, de grandes proporções. Rosangela ressalta que a atividade também prioriza a funcionalidade dos espaços e o conforto dos usuários.
No urbanismo, é possível projetar um grande leque de espaços públicos e privados, como praças, jardins, loteamentos, condomínios fechados e cidades como um todo.
Muitos arquitetos também se dedicam às pesquisas científicas. Os profissionais buscam expandir a área de conhecimento da arquitetura, considerando as necessidades sociais, históricas e culturais de cada época.
Quanto ganha um arquiteto?
Segundo Rosângela, não existe uma regra geral que defina a remuneração básica de um arquiteto. No entanto, o salário-base do profissional, com jornada de 6 horas de trabalho, é de aproximadamente R$ 6.270.
É comum que cada arquiteto cobre pelo seu trabalho de maneira particular, considerando, por exemplo, os custos e despesas de sua atuação no projeto. A expecialista explica que o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) sugere uma tabela de custos por metro quadrado, porém esse recurso é pouco utilizado pelos profissionais.
A arquitetura promove a segurança, o conforto e a funcionalidade de cada construção, por isso, é essencial para o bem-estar da sociedade. Aproveite para conhecer plantas de casas que prezam pelo aproveitamento do terreno, organização do espaço e otimização cotidiana.
Fonte: tuacasa