Há mais de 60 anos que Jackie Chan nos encanta com o seu inconfundível estilo de luta e, embora tenhamos dificuldade em separá-lo de seus personagens mais míticos, o ator também assumiu papéis em que se mostrou muito mais sério e disposto a se envolver em dramas.
Um dos exemplos mais recentes que comprovam tal afirmação encontra-se em O Estrangeiro, de Martin Campbell, lançado em 2017. Nele, Jackie Chan mostra seu lado sério de mãos dadas com um dos personagens mais dramáticos de suas seis décadas em frente às câmeras: Quan, o humilde dono de um restaurante que passou por muitos sofrimentos em seu passado e que tenta viver uma vida melhor em Londres.
Porém, sua vida desmorona completamente quando sua filha se torna uma das vítimas fatais de um ataque perpetrado por terroristas irlandeses. Da noite para o dia, uma bomba mais uma vez arrebata a felicidade que ele havia conseguido recuperar.
Com a polícia se movendo mais devagar do que ele esperava e ainda sem respostas, semanas após o ataque, Quan sai em busca de justiça sozinho, e isso o leva diretamente ao político irlandês Liam Hennessy, interpretado por Pierce Brosnan. Embora o político tenha renunciado publicamente ao terrorismo, Quan está convencido de que Hennessy conhece os nomes dos autores do ataque.
O confronto entre os dois personagens fornece um encontro memorável, com a interação de duas grandes estrelas numa história de vingança e dor que nos permitiu ver Chan em uma de suas melhores atuações — e que também acabou sendo um sucesso de bilheteria.
O filme arrecadou mais de 145 milhões em todo o mundo e críticas principalmente positivas que elogiaram, acima de tudo, o bom trabalho de Chan em um de seus últimos papéis em inglês. Um sucesso indiscutível que correspondeu às expectativas e tornou rentável um orçamento de apenas 35 milhões.
Fonte: adorocinema