O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, deve se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima terça-feira, 30, em Brasília. Essa será a primeira vez que o ditador visita o país depois que foi impedido por Jair Bolsonaro, em 2019.
A visita do ditador fará parte do encontro de representantes dos países sul-americanos (Unasul). O bloco foi criado em 2008 e chegou a ter como membros 12 países. Com o tempo, a aliança se desgastou por causa do forte alinhamento à esquerda. A Colômbia saiu em 2018; no ano seguinte, foi a vez de Argentina, Brasil, Chile e Paraguai.
Com exceção da presidente do Peru, Dina Boluarte, que enfrenta impedimentos constitucionais, todos os 11 presidentes da região foram confirmados e viajarão à capital federal para participar da reunião.
A ida de Maduro ao encontro é fonte de polêmicas. A participação do ditador é alvo de questionamentos de Abdo Benítez, Lacalle Pou e Gabriel Boric, críticos aos abusos de direitos humanos cometidos pela ditadura venezuelana.
Em janeiro, o ditador acabou cancelando a viagem que faria à Argentina porque teve medo de ser preso ou de não poder abastecer seu avião, em razão das sanções internacionais impostas à Venezuela. Pelas mesmas razões, não teria ido à posse de Lula. No entanto, desta vez, o Itamaraty teria resolvido essas dificuldades logísticas.
Os encontros com os líderes sul-americanos vão acontecer no Palácio do Itamaraty, sede da diplomacia brasileira, seguidos de um jantar na residência oficial de Lula, o Palácio da Alvorada.
Fonte: revistaoeste