A Coreia do Norte lidera o ranking de dez países com mais pessoas em escravidão moderna, segundo o estudo Global Slavery Index, divulgado na quarta-feira 24.
O conceito de escravidão moderna integra pessoas em trabalho forçado, casamento forçado, servidão por dívida, exploração sexual, venda e exploração de crianças. A Coreia do Norte tem mais de cem pessoas em escravidão moderna a cada mil habitantes.
No mundo, há cerca de 50 milhões de pessoas sofrendo com essa situação. O Global Slavery Index, da organização australiana Walk Free, descobriu um aumento no cenário global nos últimos cinco anos: existem 10 milhões de pessoas submetidas à escravidão moderna.
O total inclui 28 milhões de pessoas em trabalho forçado e 22 milhões em casamentos mantidos à força. A Walk Free acredita que o aumento tem a ver com a maior complexidade de conflitos armados e com os impactos da pandemia da covid-19.
Muitos dos países com altas taxas de escravidão moderna se encontram em regiões “voláteis”, em situação de conflito ou de instabilidade política. Também há países com grande parcela da população “vulnerável”, como refugiados e imigrantes.
Brasil é o 16º das Américas no ranking da escravidão moderna
A Eritreia vem logo atrás da Coreia do Norte no ranking de países com mais escravizados, com 90 a cada mil habitantes.
Depois vem a Mauritânia, com taxa de 32. Esse país, localizado no noroeste da África, foi o último a declarar a escravidão hereditária ilegal, em 1981.
A lista das dez nações com mais pessoas em escravidão moderna também inclui a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. O sistema conhecido como “kafala”, presente naqueles países, permite a contratação de imigrantes com práticas análogas à escravidão, segundo o jornal O Globo. A Turquia, o Tajiquistão, a Rússia e o Afeganistão também estão na lista.
O Brasil está em 16º lugar no ranking regional de países das Américas com escravidão moderna, com taxa de cinco pessoas escravizadas a cada mil habitantes.
Fonte: revistaoeste