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Falta de apetite: saiba quais são as 8 principais causas e aprenda como melhorá-la de forma rápida e eficaz

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A falta de apetite pode acontecer em algum momento da vida de qualquer pessoa. Seja nos casos de uma gripe mais intensa ou de um desconforto estomacal, é comum perder a fome.

No entanto, se ela durar dias ou estiver acompanhada de outros sintomas, como fraqueza, diarreia, perda rápida de peso, vômito e impactos no sistema imunológico é necessário buscar um médico para avaliar as possíveis causas do problema.

8 possíveis causas da falta de apetite

1. Distúrbios digestivos

A hipocloridria, por exemplo, é caracterizada pela diminuição da produção de ácido clorídrico no estômago. Isso faz com que o pH estomacal fique mais alto, o que provoca desconforto abdominal, má digestão, cansaço excessivo e outros sintomas, como a falta de apetite. Gastrite, úlcera e refluxo são outros problemas no estômago que podem tirar a fome também.

É indicado: consultar-se com um gastroenterologista que vai avaliar, a partir de exames, o que está acontecendo. O tratamento pode incluir uso de antibióticos, suplementos, reeducação alimentar etc.

2. Infecções respiratórias

Perda de olfato, do paladar e irritação na garganta podem estar associadas a gripes, resfriados e infecção pelo coronavírus, o que causa, naturalmente, perda do apetite. É comum haver enjoo e náuseas nesses casos também, resultantes do próprio uso de remédios para tratar os sintomas iniciais.

É indicado: buscar um infectologista ou clínico geral que vai estabelecer a causa da infecção. Alguns chás podem contribuir com o bem-estar nessa situação —gengibre, limão, mel e maçã são algumas opções.

3. Verminoses

Parasitas que afetam o sistema digestivo também podem provocar falta de apetite, além de enjoos e vômito. Alguns exemplos de verminoses são a ancilostomose (amarelão), a ascaridíase (lombriga), a giardíase e a teníase. Educação sanitária e hábitos simples de higiene ajudam a preveni-las.

É indicado: realizar exame de fezes para identificar o verme causador do problema e os remédios antiparasitários adequados.

4. Deficiência de vitaminas e minerais

A falta de vitamina B1, B12 e D, e de certos minerais, como magnésio, zinco e ferro, pode fazer com o indivíduo perca o apetite. Isso também tende a provocar insônia, irritabilidade e cansaço.

É indicado: consultar-se com um nutricionista ou médicos que orientem quanto ao uso de suplementos alimentares e à adoção de uma dieta adequada às necessidades desse indivíduo.

5. Desequilíbrio entre os hormônios da fome

A grelina, a galanina e a leptina são hormônios produzidos por células armazenadoras de gordura. Eles desempenham um papel importante na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, então, quando desregulados, podem aumentar ou diminuir a fome.

É indicado: recorrer à avaliação de especialistas, como endocrinologistas, nutrólogos e nutricionistas, para investigar o equilíbrio desses e outros hormônios que podem influenciar na perda de apetite. Com exames adequados, os profissionais conseguem avaliar o melhor tratamento.

6. Doenças crônicas

Câncer, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, diabetes, distúrbios neurológicos e problemas cardíacos são doenças crônicas que podem ocasionar a perda de fome. O sintoma pode ser efeito colateral dos tratamentos e aparecer como uma condição temporária.

É indicado: acompanhamento permanente de especialistas, além de uma dieta balanceada.

7. Efeitos da gravidez

A falta de apetite na gravidez é uma queixa comum, principalmente pela preocupação sobre a correta nutrição do bebê. Os enjoos, por exemplo, são um dos fatores que mais condicionam o apetite da mãe, além do próprio receio de senti-lo, fazendo diminuir a ingestão alimentar.

Há outros motivos como questões hormonais, alterações gastrointestinais e impacto psicológico.

É indicado: o acompanhamento obstétrico, nutricional e psicológico da gestante para não prejudicar o desenvolvimento do bebê e a sua própria saúde.

8. Uso de drogas lícitas ou ilícitas

O consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e drogas ilícitas, além de poder causar complicações, como dependência química, está relacionado à diminuição do apetite.

É indicado: evitar ou reduzir o uso dessas substâncias e procurar ajuda médica em casos mais extremos, sempre pensando em mudar o estilo de vida.

No caso de idosos e crianças, os motivos podem ser os mesmos?

Entre os idosos, há efeito colateral de medicamentos, dificuldade para mastigar por causa dos dentes, problemas para engolir devido às consequências do envelhecimento (como a presença de Parkinson ou sequelas do AVC), boca seca, paladar e olfato reduzidos, alterações no trato digestivo, má absorção de nutrientes, depressão e variações de humor.

Já nas crianças, quando a situação não passa com o tempo, pode estar ligada a traumas psicológicos, infecções, apendicite e até à obstrução intestinal.

Quais hábitos costumam ajudar a melhorar o apetite?

Em casos nos quais o problema não está associado a nenhum tipo de doença ou condição mais grave, há algumas alternativas:

  • Praticar atividades físicas: apesar de estar associada à perda de peso, na realidade, ela aumenta o apetite.
  • Variação do cardápio: uma alimentação monótona e repetitiva não desperta o apetite. Consumir mais frutas e vegetais também ajudam na digestão e, consequentemente, podem aumentar o apetite.
  • Evitar ficar “beliscando” entre as refeições: biscoitos, salgadinhos, chocolates e barrinhas de cereal, apesar de serem alimentos de fácil acesso, são pouco nutritivos, acabam mascarando a fome, dando a impressão de falta de apetite.

Fontes: Felipe França, nutricionista especialista em oxidologia e bioquímica celular, ócio-fundador da Soloh Clínica de Nutrição (MG); Patrícia Alves Soares Lara, nutricionista especialista em oxidologia e bioquímica celular, com aperfeiçoamento em medicina biomolecular, regenerativa e anti-aging, é sócia-fundadora da Soloh Clínica de Nutrição (MG); Rodrigo Correa, clínico geral, especialista em canabidiol e saúde do idoso; e Thanguy Friço, médico ortopedista, pós-graduado em nutrição e fisiologia do exercício pela USP (Universidade de São Paulo), atua como professor da Universidade de Vila Velha (ES) e autor do livro Pais Saudáveis = Filhos Saudáveis (Editora Gente).

Fonte: uol
Colunista: @chefcarlosmiranda

Sobre o autor

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Carlos Miranda

Business consultant | Gastronomo | Chef Executivo | Pitmasters | Chef proprietário OSSOBUCO Outdoor Cooking