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Drone de fabricação chinesa usado como arma é abatido na Ucrânia

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Um drone de fabricação chinesa, adaptado e armado, foi abatido por tropas da Ucrânia no leste do país no último fim de semana, de acordo com reportagem da rede americana CNN. A empresa responsável pela fabricação da aeronave não tripulada confirmou que a fuselagem do equipamento de fato era de fabricação dela e chamou o incidente de “profundamente infeliz”.

O drone era um Mugin-5, um veículo aéreo não tripulado (UAV) comercial fabricado por um fabricante chinês com sede na cidade portuária de Xiamen, na costa leste da China. Especialistas em tecnologia afirmam que as máquinas são conhecidas como “drones Alibaba”, pois estão disponíveis para venda por até US$ 15.000 em sites chineses, incluindo Alibaba e Taobao.

O caso é um exemplo de drones civis sendo adaptados e armados para uso durante a guerra na Ucrânia. Militares destacam que esse é um sinal da rápida mudança nos padrões de guerra.

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O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) disse que seus agentes em um dos territórios controlados pela Rússia os alertaram de que um UAV havia sido lançado de lá contra um alvo ucraniano. A SBU alertou as unidades militares baseadas no leste da Ucrânia, perto da cidade de Sloviansk, que conseguiram derrubar a máquina.

“Pelo som, pela luz do sinal, as tropas atiraram muito nele e derrubaram o UAV”, disse um soldado ucraniano, identificado como Maksim, à CNN.

Segundo o soldado, o drone estava voando em uma altitude muito baixa, o que permitiu que ele fosse derrubado com armas portáteis. O equipamento carregava como carga uma bomba de cerca de 20 quilogramas, que mais tarde foi detonada com segurança pelos combatentes. Os combatentes ucranianos chegaram a filmar o estrago que o explosivo fez como um lembrete do que poderia ter acontecido caso atingisse seu alvo.

Especialistas contam que o drone comercial armado não tinha uma câmera instalada, o que significa que não poderia ter sido usado para vigilância e, essencialmente, o torna semelhante a uma “bomba burra”.

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Em janeiro, autoridades da região de Luhansk, controlada pela Rússia, no leste da Ucrânia, também afirmaram que haviam derrubado um Mugin-5 lançado por forças ucranianas. Embora não exista confirmação da Ucrânia, a suspeita é de que os dois lados do conflito estejam usando armas improvisadas.

Em resposta, a empresa fabricadora do drone declarou que que “condena” o uso de seus produtos durante a guerra. Segundo a Mugin Limited, os produtos não estão sendo mais vendidos para a Rússia e para a Ucrânia.

“Não toleramos o uso. Estamos fazendo o possível para pará-lo”, disse um porta-voz da Mugin Limited.

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A MKS, uma fabricante taiwanesa de dispositivos eletrônicos que também tinha componentes no equipamento abatido, também condena o seu uso militar. No site da empresa ela deixa claro que os produtos são “proibidos” para qualquer uso ilegal ou militar.

Fonte: Veja

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