Funcionários do estão criticando a indicação de João Fukunaga para assumir a presidência da Previ, o fundo de previdência da instituição. Um texto que circula em grupos de bancários afirma que o indicado não cumpre os critérios técnicos necessários para o cargo.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o texto é dirigido à Superintendência Nacional de Previdência Complementar, que já aprovou o nome para o cargo. “Uma vez que o indicado não detém experiência nem conhecimento técnico para a função, sendo, no momento atual, secretário de Organização e Suporte Administrativo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, tendo a formação de mestre em história, somos levados a concluir que a indicação se ateve apenas a conexões políticas”, afirma.
A Previ é um dos maiores fundos de pensão da américa latina. Sua carteira tem R$ 240 bilhões em ativos e lista de sócios. Fukunaga é funcionário do Banco do Brasil.
Augusto Carvalho, presidente da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, endossa as críticas. “Se uma política de governo atropela os fundamentos que alicerçam a própria existência de um fundo de pensão, que é o compromisso com a saúde financeira para garantir os rendimentos de dezenas de milhares de aposentados, não pode ser uma política de governo”, afirmou.
Entre os temores dos funcionários, a preocupação de que a indicação de Fukunaga seja usada para interferir na política de investimentos da Previ. Em governos anteriores do PT, fundos de pensão ligados a estatais foram usados para bancar empreitadas que não funcionaram.
Um dos exemplos é o investimento da Previ na Sete Brasil. Criada em 2010 para desenvolver sondas para a Petrobras, a empresa pediu recuperação judicial em 2016, depois da Operação Lava Jato.