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‘Sempre vai ouvir que é um grande pai’: filhos cuidam com muito amor de pai com síndrome não identificada

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Fala-se muito que os pais devem cuidar dos filhos. No entanto, à medida que o tempo passa, é esperado que os filhos também retribuam os cuidados que receberam lá na infância. Quem dá um belo disso são os irmãos Herb Barreto Filho e Renata Morais. Eles cuidam com muito carinho do pai, o professor aposentado Herbert Barreto de Morais, que há 17 anos começou a apresentar sinais de uma síndrome demencial não identificada até o momento.

Tudo começou quando Herbert tinha 52 anos e passou a sentir alterações na , debilidade das pernas e falhas na . A família, que mora em Teresina (Piauí), já o levou para consultas com mais de 20 médicos, mas nenhum profissional deu um diagnóstico preciso – alguns identificaram sintomas típicos de Alzheimer, mas outros também enxergaram sinais de outras doenças.

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Uma família unida pelo amor (imagem: Ilanna Serena/g1)

“Apenas 52 anos e tivemos nossos ciclos de alegrias interrompidos. Papai começou a apresentar uma neuropatia em membros inferiores e em seguida, após um acidente automobilístico, iniciou um quadro de embotamento afetivo e déficit cognitivo. Cada dia era um dia diferente de exercício de paciência com ele muito agitado. Dava muitas voltas ao redor da casa. Até que, há nove anos, caiu no chão e não caminhou mais”, relembrou Herb Filho, em entrevista ao .

O filho contou que o pai chorava muito à noite, pois sabia que a sua saúde estava decaindo. O fato de não conseguir um diagnóstico também piorava a situação ainda mais. Herbert não lembrava mais como escrever o próprio nome: ficou paralisado diante do tempo e do espaço. Consequentemente, desenvolveu uma depressão.

Comunicação com os olhos

Atualmente, o pai não fala mais. No entanto, a diz que é capaz de se comunicar com o olhar e o sorriso e cuida dele com muita dedicação e amor.

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Aos 52 anos, Herbert começou a apresentar os sinais de uma doença até hoje não identificada (imagem: Ilanna Serena/g1)

“Ele ainda se comunica com a gente com os olhos. Sorri, escorre uma lágrima! Somente com minha mãe, minha irmã e eu, ele dá esse feedback. Em meio a esse turbilhão de emoções tem uma rocha, uma fortaleza chamada Margarida [a mãe]. A gente deve a vida dele ao minucioso cuidado que ela tem diariamente. É o amor mais lindo que vejo”, afirmou Herb.

Renata, a outra filha, diz que sente a proteção e o amor do pai em seus olhos e guarda boas memórias do passado. Ela afirma que Herbert sempre ouvirá dos seus filhos que ele é o seu grande pai.

“Reencontrei um amigo dele que lembrava de mim e relatou que às vezes o convidava para jogarem bola e depois se reunirem com outros amigos. Meu pai, comigo em seus braços, dizia que não podia, pois tinha que cuidar de mim. Essa história já me faz entrar naquele clichê ‘meu pai, meu herói’, um dos mais doces e que gosto de ecoar”, afirma Renata.

Os filhos deixam claro que os cuidados com o pai não são apenas por “obrigação”, mas, sim, por amor e por enxergarem nele um verdadeiro herói!

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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.

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