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Vinhos de altitude de Tarija, a nova joia do enoturismo no sul da BolĂ­via

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Em um continente onde Argentina e Chile sĂŁo sinĂŽnimos de excelĂȘncia quando se trata dos vinhos sul-americanos, a concorrĂȘncia Ă© pesada – e nĂŁo costuma haver muita chance para outros lugares se destacarem no mercado.

Se vocĂȘ Ă© a BolĂ­via, entĂŁo, a situação talvez seja atĂ© mais complicada. Garrafas bolivianas raramente aparecem nas gĂŽndolas e mesmo alguns apreciadores acostumados a descobrir vinĂ­colas obscuras provavelmente nunca tiveram a oportunidade de encher uma taça com o lĂ­quido de uma garrafa vinda do Altiplano. Mas produtores de Tarija, no sul do paĂ­s, vĂȘm tentando mudar essa histĂłria.

Situada quase 900 km ao sul de La Paz, a região entre Tarija e Valle de Concepción concentra uma série de vinhedos centenårios que se destacam como alguns dos mais altos do planeta: as parreiras crescem a altitudes entre 1,8 mil e 2,2 mil metros sobre o nível do mar, no platÎ andino próximo à fronteira com a Argentina. E, apesar da tradição secular na produção artesanal, o engarrafamento para o comércio só começou lentamente nos anos 1980, tornando os vinhos locais um segredo que ainda estå por ser descoberto por muitos paladares.

VinĂ­colas de altitude

Quase 90% da produção de vinho boliviana vem dos vales ao redor de Tarija, que podem ser visitados em uma rota turĂ­stica oferecida por guias locais: a Ruta del Vino y Singani, nome que faz referĂȘncia tanto Ă  bebida mais conhecida quanto Ă  aguardente local (saiba mais sobre ela no final desse texto). Empresas como a Explora Tarija oferecem expediçÔes pelas vinĂ­colas da regiĂŁo.

A altitude, que mescla uma boa exposição solar a noites com temperaturas mais baixas, ajuda a produzir uvas consideradas ideais para garantir a qualidade do vinho local. Embora o enoturismo esteja apenas dando seus primeiros passos na Bolívia, alguns vinhedos mais estruturados jå contam com boas alternativas de hospitalidade para acompanhar a produção e apreciar os sabores do que é feito em Tarija. A Bodega Campos de Solana, na zona de El Portillo, é uma das mais famosas.

Outro destino imperdĂ­vel da regiĂŁo Ă© La Casa Vieja, lar dos vinhos Doña Vita, que opera em um antigo casarĂŁo – como o nome indica – de mais de 400 anos. As visitas guiadas pela rota vinĂ­cola tambĂ©m costumam incluir sempre uma parada pela Aranjuez, uma das adegas mais cultuadas da regiĂŁo. Premiada vĂĄrias vezes como a fabricante do melhor vinho boliviano, a Aranjuez Ă© pioneira no cultivo da casta Tannat no paĂ­s, e faz questĂŁo de destacar a tradição.

Vai uma dose de singani?

Enófilos e apreciadores que passam por Tarija certamente vão encontrar no vinho local notas, aromas e sabores suficientes para se deliciar, mas uma viagem para esse pedaço da América do Sul não fica completa sem provar outro produto encontrado em praticamente todas as bodegas da região: o singani, uma aguardente de uvas criada nos vales locais.

O nome provavelmente vem da expressão aimará siwingani e significaria algo como “lugar onde crescem os juncos”. Segundo a tradição, esse era o nome da fazenda onde o destilado teria sido produzido pela primeira vez.

Em busca de um sabor mais familiar, muitos estrangeiros comparam o singani com o pisco peruano. Mas a bebida boliviana segue um processo distinto e usa um tipo de uva bem específico: só pode ser feita com uvas moscatel de Alexandria. Desde 2016, a bebida é considerada um PatrimÎnio Cultural da Bolívia, além de ser uma denominação de origem protegida.

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Fonte: viagemeturismo

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