A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), no entanto, esclareceu que as fendas registradas não são falhas estruturais, mas sim juntas de dilatação.
O que são as juntas? Esses espaços são projetados propositalmente em grandes estruturas de concreto para permitir que o material se movimente conforme a variação de temperatura e o peso dos veículos. Sem essas “folgas”, o concreto poderia rachar de forma desordenada.
No Portão do Inferno, a abertura aparece exatamente no encontro entre o viaduto (estrutura rígida) e o asfalto apoiado no solo. Como os dois terrenos se movem de formas diferentes, a “trinca” é o comportamento esperado.
Expectativa para o fim de ano
Para quem pretende passar o Réveillon em Chapada dos Guimarães, a recomendação é de atenção, mas sem pânico. Segundo a Sinfra, o monitoramento técnico é contínuo e as medições atuais não indicam movimentações atípicas ou risco iminente de queda da estrutura.
Vale lembrar que a situação é semelhante ao que ocorreu recentemente na Ponte Mário Andreazza, em Cuiabá, onde vídeos alarmistas também confundiram juntas de dilatação com danos estruturais.
Apesar do esclarecimento sobre as juntas, o governo reforça que o trecho como um todo ainda exige cautela devido ao paredão rochoso. Por isso, permanecem vigentes as medidas preventivas:
- Veículos pesados: seguem proibidos de trafegar no trecho;
- Chuvas intensas: a rodovia pode ser interditada preventivamente em caso de temporais e
- Barreiras: telas e barreiras dinâmicas continuam instaladas para conter a queda de rochas.
A solução definitiva para o gargalo logístico e de segurança do Portão do Inferno já tem data para avançar: o governo marcou para o dia 9 de março a licitação para a construção de um túnel no local, obra que promete encerrar o histórico de instabilidade na região.
Fonte: leiagora






