Um terço dos municípios com menor cobertura vacinal em Mato Grosso apresentou queda no ranking do projeto Vacinômetro na segunda edição de 2025, realizada em junho. Das 131 cidades monitoradas no primeiro trimestre, 13 deixaram de figurar entre as mais bem avaliadas, segundo dados da Procuradoria de Justiça Especializada na Defesa da Cidadania, Direitos Humanos e Saúde.
São eles: Alto Garças, Araputanga, Juína, Juruena, Mirassol D’Oeste, Nova Canãa do Norte, Nova Xavantina, Paranaíta, Planalto da Serra, Rio Branco, São José do Xingú, Sorriso e União do Sul.
O projeto monitora a vacinação de 16 imunizantes, voltados para crianças, adolescentes e idosos, e tem como meta aumentar a cobertura vacinal nos municípios mais vulneráveis, fornecendo subsídios aos promotores de Justiça e conscientizando a população sobre a importância das vacinas.
No levantamento, a vacina meningocócica ACWY aplicada aos 11, 12 e 13 anos apresentou os piores índices, com cobertura abaixo de 50%, e segue como um desafio para a saúde pública estadual.
O levantamento é realizado com apoio do Departamento de Planejamento e Gestão (Deplan) do Ministério Público de Mato Grosso, utilizando informações fornecidas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que considera ideal uma cobertura vacinal acima de 95%.
Vacinas monitoradas
Na edição de junho, foram avaliadas 16 vacinas voltadas para diferentes faixas etárias:
- Menores de 1 ano: BCG, febre amarela, meningococo C, pentavalente, pneumocócica, poliomielite e rotavírus;
- Menores de 2 anos: hepatite A, tríplice viral e varicela;
- Crianças e adolescentes: HPV feminino e masculino, meningocócica ACWY (11 a 14 anos).
Além disso, os dados de agosto de 2025 já atualizam as coberturas de ACWY (todas as faixas etárias) e HPV (adolescentes de ambos os sexos).
Piores índices
O levantamento de junho apontou que a vacina meningocócica ACWY aplicada aos 11, 12 e 13 anos apresentou os piores índices, com cobertura abaixo de 50%. O imunizante protege contra quatro sorogrupos da bactéria Neisseria meningitidis, causadora de meningite e infecções graves, e é oferecido pelo SUS como dose de reforço para crianças a partir de 12 meses e adolescentes de 11 a 14 anos.
Fonte: primeirapagina