A França sugeriu que vai diminuir a interferência na África. O anúncio foi feito pelo presidente Emmanuel Macron, durante uma viagem a quatro países do continente.
Macron disse que a França reduzirá drasticamente sua presença militar na África “nos próximos meses”, focando apenas em treinamento de forças locais, para aumentar a cooperação para combater a pirataria marítima, mineração ilegal e tráfico de drogas.
“A era do francafrique acabou”, disse Macron, em declaração à comunidade francesa em Libreville, capital do Gabão. A expressão francafrique refere-se à estratégia pós-colonização da França de apoiar líderes autoritários para defender seus interesses.
A viagem do presidente francês a Gabão, República do Congo e República Democrática do Congo é uma tentativa de diversificar os laços da França com suas ex-colônias, “onde Paris sofreu um revés político e diplomático após o outro”, observou o jornal le monde.
Nesta sexta-feira, 3, Macron desembarcou em Luanda, capital da Angola. As relações que a França procura desenvolver com a ex-colônia lusófona, independente desde 1975, pretendem demonstrar a nova aproximação francesa ao continente.
Segundo a rede de televisão France24, o sentimento antifrancês é forte em algumas ex-colônias africanas, à medida que o continente se torna um campo de batalha, com a crescente influência da Rússia e da china na região.
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