O presidente dos , Donald Trump, assinou secretamente uma diretiva ao Pentágono para permitir o uso de força militar contra cartéis de drogas latino-americanos classificados como organizações terroristas. As informações são do jornal The New York Times (NYT).
De acordo com a publicação, a medida cria base oficial para operações diretas no mar e em solo estrangeiro, levantando questões jurídicas. Essa é decisão mais agressiva da atual campanha de Trump contra os cartéis. O objetivo é conter o fluxo de fentanil e outras drogas ilegais aos EUA.
De acordo com fontes ouvidas pelo NYT, militares norte-americanos já elaboram opções para perseguir os grupos.
Depois da divulgação dessas informações, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, negou, nesta sexta-feira, 8, que haverá ação militar norte-americana em território mexicano. “Os EUA não virão ao México com as Forças Armadas”, disse. “Nós cooperamos, colaboramos, mas não haverá invasão.”
Em outras ocasiões, o governo Trump já enviou tropas à fronteira para conter drogas e imigrantes, e designou vários cartéis como organizações terroristas estrangeiras. Entre eles estão grupos venezuelanos e mexicanos, como o Trem de Aragua, a MS-13 e o Cartel de los Soles. Washington alega que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comanda um desses grupos.
Na quinta-feira, o Departamento de Justiça dobrou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro. A secretária de Justiça Pam Bondi afirmou que ele “não escapará da justiça e será responsabilizado por seus crimes desprezíveis”.
A disse que a prioridade de Trump é proteger o país e que, por isso, designou cartéis e gangues como organizações terroristas estrangeiras. Marco Rubio, secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional, defendeu o uso de “todos os elementos do poder norte-americano” contra esses grupos.
Especialistas alertam que a designação de “terrorista” permite sanções e bloqueio de ativos, mas não autoriza ações militares de guerra. Juristas como o contra-almirante James McPherson destacam que ações militares em outro país sem consentimento violam o direito internacional, exceto em casos específicos. Internamente, o Congresso só autorizou o uso da força contra a al-Qaeda em 2001.
Fonte: revistaoeste