A decisão do presidente de impor uma tarifa de 100% sobre semicondutores importados coloca os em uma nova posição na disputa comercial global. O anúncio foi feito na quarta-feira 6, durante conversa com jornalistas na .
Segundo Trump, a medida atinge todos os chips e semicondutores que entram nos EUA, exceto aqueles fabricados por empresas com compromisso de produção local.
“Então, 100% de tarifa sobre todos os chips e semicondutores que entram nos Estados Unidos”, disse. “Mas se você assumiu o compromisso de construir (nos EUA), ou se está em processo de construção (nos EUA), como muitos estão, não há tarifa.”

O impacto direto para o deve ser limitado, já que o país é mais importador do que exportador desses componentes.
Em 2024, as exportações brasileiras somaram US$ 8,5 milhões, queda em relação aos US$ 9,2 milhões registrados em 2023, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Grande parte dos semicondutores produzidos no Brasil segue para países da América do Sul. Na contramão, o Brasil precisou importar R$ 6,3 bilhões em chips neste ano para abastecer o mercado interno.
Os EUA permanecem como principal parceiro comercial brasileiro no setor de eletroeletrônicos, exportando R$ 4,2 bilhões e importando R$ 1,9 bilhão do Brasil, o que gera um superávit de R$ 2,3 bilhões para os americanos.
Mesmo com efeito restrito para o mercado brasileiro, especialistas apontam que a complexidade da cadeia de suprimentos de semicondutores pode elevar os custos globais dos chips, componentes essenciais em eletrônicos como computadores, celulares e automóveis.
Fonte: revistaoeste