Durante um evento do Comitê Nacional Republicano para o Congresso, o presidente Donald Trump anunciou um aumento das tarifas sobre produtos importados da China, elevando a taxa para 104%.
“Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito”, declarou Trump. “Vamos agora passar a perna neles.”
Tal medida faz parte de uma estratégia para pressionar a China no âmbito comercial. O aumento das tarifas pelos Estados Unidos gerou uma resposta imediata da China, que acusou o governo norte-americano de “bullying” e “atos intimidatórios”.
O ministro das Relações Exteriores chinês manifestou forte oposição, declarando que o país não aceitará “atos hegemônicos”. Pequim retaliou, aumentando as próprias tarifas para 84% sobre produtos norte-americanos.
‘Tarifaço’ de Trump

Trump afirmou que líderes de várias nações estão interessados em negociar para mitigar o impacto das tarifas. Ele comentou: “Estou te falando, esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo’”.
As tarifas, que começaram a valer na quarta-feira 3, fazem parte de medidas que o governo norte-americano vem implementando desde o início de abril. Essas tarifas afetam também mais de 180 países com déficits comerciais significativos com os EUA, com taxas de 10% a 50%.
Trump acredita que, eventualmente, a China concordará com um acordo e acusou a nação asiática de manipular sua moeda para compensar as tarifas dos EUA. “Tem que dar o braço a torcer”, declarou Trump. “Eles estão manipulando a moeda hoje como uma forma de compensar as tarifas.”
Impactos econômicos e resposta chinesa
A guerra tarifária continua a impactar os mercados financeiros globais. Na quarta-feira 3, as bolsas asiáticas, exceto a China, fecharam em baixa, e as europeias também registraram quedas.
Nos EUA, as ações perderam US$ 852 bilhões em valor de mercado na terça-feira 2, elevando a perda acumulada para US$ 10,8 trilhões desde que Trump assumiu a Presidência.
O Ministério do Comércio da China reiterou que continuará revidando as ações dos EUA até que um acordo justo seja alcançado. “A China tem vontade firme e meios abundantes e contra-atacará resolutamente até o fim”, declarou um porta-voz.
Fonte: revistaoeste