Em conversa exclusiva com o Dia de Ajudar, Luciana Brites, CEO do Instituto NeuroSaber, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento, explica os principais transtornos que afetam crianças, impactando cognição, comportamento e comunicação.
Transtorno do Espectro Autista (TEA)


O TEA traz desafios na interação social e na comunicação, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos. Entre os sinais mais comuns estão dificuldade em manter contato visual, repetição de palavras ou movimentos, e padrões de comportamento rígidos.
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Crianças com TDAH enfrentam dificuldades no controle da atenção, regulação emocional e impulsividade. Elas podem interromper conversas, agir sem pensar e ter dificuldade em se concentrar por períodos prolongados.
Deficiência Intelectual
Caracterizada por prejuízos no desenvolvimento global, a deficiência intelectual afeta raciocínio lógico, resolução de problemas e habilidades adaptativas, limitando a execução de tarefas que exigem planejamento e pensamento crítico.
Transtornos de Aprendizagem


Afetam habilidades específicas como leitura, escrita e cálculo. Exemplos comuns incluem dislexia, dificuldade em decodificar palavras, e discalculia, que envolve obstáculos na compreensão de conceitos matemáticos.
Transtornos do Desenvolvimento da Coordenação
Esses transtornos comprometem habilidades motoras, como escrever, segurar objetos ou se vestir. Crianças podem apresentar lentidão em atividades simples, como amarrar os sapatos ou manusear utensílios.
Transtornos do Movimento Estereotipado e Tiques Motores e Vocais
Envolvem movimentos ou sons repetitivos e involuntários, como bater a cabeça, agitar as mãos, piscar os olhos ou emitir sons recorrentes. Esses comportamentos podem interferir nas atividades diárias e na socialização.
O que você precisa saber
Luciana Brites ressalta que os transtornos de neurodesenvolvimento têm origem complexa, envolvendo fatores genéticos e ambientais que podem afetar o desenvolvimento cerebral. Embora não exista cura, intervenções precoces são essenciais para minimizar os impactos e melhorar a qualidade de vida das crianças.
Sobre a especialista:
(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem.
Fonte: cenariomt