Tesouro Direto: Descubra como funciona e por que bateu recorde de vendas em julho

O Tesouro Direto registra em julho de 2025 um dos maiores volumes de vendas de sua história. De acordo com o Tesouro Nacional, o programa de investimentos soma R$ 7,26 bilhões em títulos públicos vendidos no mês, o que representa alta de 25,93% em relação a junho e crescimento de 12,89% frente a julho do ano passado.

A procura por títulos do Tesouro Direto reflete o momento da economia brasileira. A Taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, torna os papéis atrelados aos juros básicos os mais procurados, com participação de 52,9% nas vendas. Em seguida vêm os títulos corrigidos pela inflação (24,6%) e os prefixados (10,9%).

O Tesouro Renda+, voltado ao planejamento de aposentadoria, alcança 10% de participação nas vendas pela primeira vez. Já o Tesouro Educa+, criado para incentivar a poupança para educação, responde por 1,7%.

Acesso para pequenos aplicadores no Tesouro Direto

Um dos destaques do Tesouro Direto é a facilidade para o pequeno investidor. Em julho, 79,3% das operações foram de até R$ 5 mil, e mais da metade, 54,9%, não ultrapassou R$ 1 mil. O valor médio por aplicação é de R$ 7.494,38.

Com isso, o programa se consolida como uma porta de entrada para quem busca investir com segurança e baixo risco.

Base de investidores cresce

O número de pessoas que apostam no Tesouro Direto também cresce de forma significativa. Em julho, 253 mil novos investidores entram no programa, elevando o total para quase 33 milhões de cadastrados, dos quais 3,09 milhões permanecem ativos.

A preferência é por títulos de menor prazo: 39,4% das compras são de papéis com vencimento em até cinco anos.

Importância para o país

Criado em 2002, o Tesouro Direto democratiza o acesso aos títulos públicos, permitindo que qualquer cidadão invista pela internet. Ao mesmo tempo, ajuda o governo a captar recursos para pagar dívidas e financiar políticas públicas.

O balanço completo do programa está disponível no portal Tesouro Transparente.