Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar nesta sexta-feira, 28, deixando pelo menos 1,6 mil mortos e 2,3 mil feridos, segundo atualização da mídia estatal um dia depois da tragédia. O tremor também causou destruição e mobiliza esforços de resgate na Tailândia e na China.
O , no entanto, estima que a quantidade pode ultrapassar os 10 mil mortos. “É provável que haja muitas vítimas e danos extensos”, afirmou o órgão norte-americano. “E o desastre provavelmente será generalizado.”
O epicentro foi a 16 km a noroeste da cidade de Mandalay, com profundidade de 10 km.
Na Tailândia, . Equipes de resgate procuram por 101 desaparecidos nos escombros, e ao menos nove pessoas morreram, segundo o governo tailandês.
Sobreviventes em Mandalay tentaram resgatar vítimas soterradas usando as próprias mãos, enquanto aguardavam a chegada de maquinário e equipes de resgate. A junta militar de Mianmar decretou estado de emergência em seis regiões, incluindo Sagaing, Mandalay e a capital Naipitau.
A junta militar pediu ajuda internacional e doações de qualquer país ou organização. A Rússia, a Índia, a Malásia e Singapura enviaram equipes de resgate e suprimentos. Já a China deslocou especialistas para auxiliar nas operações. A Coreia do Sul anunciou ajuda humanitária inicial de US$ 2 milhões, e os Estados Unidos informaram que prestarão assistência, apesar das sanções aplicadas à junta militar.
O USGS afirmou que este é o terremoto mais poderoso a atingir Mianmar em mais de 100 anos. Estradas, pontes e edifícios foram danificados, incluindo um hospital de mil leitos em Naipitau.
O governo militar controla a mídia e limita o acesso à internet, o que dificulta a obtenção de informações sobre a situação no país. Mianmar enfrenta dificuldades devido à infraestrutura precária e ao sistema de saúde debilitado por quatro anos de guerra civil.
Fonte: revistaoeste