Um novo marca-passo usa os batimentos cardíacos do paciente para recarregar o aparelho, evitando cirurgias invasivas para troca de bateria e garantindo uma maior segurança ao usuário.
Os marca-passos são dispositivos fundamentais para aqueles que têm arritmias cardíacas. Implantados no corpo do paciente eles ajudam no tratamento contra a doença. Os modelos hoje sofrem com limitação de vida útil pela bateria. Mas isso está prestes a mudar agora que pesquisadores conseguiram um aparelho que usa energia mecânica do batimento do coração, para gerar energia elétrica e recarregar a própria bateria do dispositivo.
“Assim como o ultrassom converte a voltagem elétrica em pressão ou som, podemos projetar materiais semelhantes em dispositivos médicos implantáveis para converter as pressões oscilantes naturais do coração ‘para trás’ em voltagem para prolongar a vida útil da bateria”, disse Babak nazer, professor associada da Universidade de Washington, em Seattle, Estados Unidos.
Arritmia cardíaca e marco-passos
Os marca-passos são pequenos dispositivos instalados no paciente e servem para monitorar e controlar os batimentos cardíacos.
Dessa forma, o objeto ajuda a identificar quando os batimentos quando eles entram num estágio de arritmia cardíaca, ou seja, irregulares ou ficando mais fracos.
Quando isso acontece, o aparelho emite impulsos elétricos que podem ajudar na volta à normalidade do órgão.
O problema é que hoje esses aparelhos acabam tendo uma vida útil limitada a bateria.
A bateria pode durar entre 6 a 15 anos e quando ela chega ao fim, é preciso uma cirurgia para a troca.
Bateria infinita
Foi para evitar todo esse problema que pesquisadores da Universidade Washington apresentaram nas Sessões Científicas de 2023 da Associação Americana do Coração, um marca-passo revolucionário!
A equipe utilizou materiais piezoelétricos – cristais que convertem energia mecânica em eletricidade – para fabricar três protótipos de marca-passos.
Uma vez que o aparelho consegue usar os batimentos para gerar energia elétrica e recarregar o aparelho, a vida útil pode ser infinita!
O procedimento livraria pacientes de cirurgias invasivas.
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Primeiros testes
Os primeiros testes foram realizados numa máquina que simula batimentos cardíacos.
O melhor protótipo conseguiu coletar 10% da energia necessária para estimular outro batimento cardíaco.
“Nosso próximo passo é otimizar materiais e fabricação para melhorar a eficiência da captação de energia e então mostrar que podemos fazer isso de forma consciente em estados de longo prazo”, disse Babak.
Agora, com os primeiros resultados positivos, os responsáveis esperam que o produto ganhe força e possa chegar ao mercado.
“Esperamos prolongar ainda mais a vida útil da bateria e expandir o acesso deste produto a pacientes mais jovens, que necessitariam de menos implantes ao longo da vida”, contou o professor.
Com informações de Cosmos.
Fonte: sonoticiaboa