Em dezembro de 2019, o Justin Harrison passou por situações complicadas na vida, sendo a morte de sua mãe, em virtude de um câncer, a mais difícil de lidar.
Produtor de documentários, Harrison registrou os últimos dias da mulher em imagens. Sendo assim, decidiu “transferir” a dela para o mundo virtual.
“Procurei se alguém tinha um programa que pudesse pegar as histórias dela e as nossas conversas e criar algo digital com o qual eu ainda pudesse me comunicar”.
Harrison.
O norte-americano, contudo, não encontrou nada semelhante. Dessa forma, decidiu montar seu próprio projeto, ainda em 2020. Harrison começou a estudar tecnologia de modo a “digitalizar” a mente da mãe.
Harrison percebeu que não poderia apenas pegar dados genéricos da personalidade para criar um avatar digital, mas, sim, coletar características pessoais da interação que ela tinha com um indivíduo ou um grupo pequeno de pessoas. Os estudos levaram ao nascimento da empresa YOV.
Como funciona a “transferência” da mente humana para o mundo virtual?
A YOV cria versões digitais de pessoas, por meio de três passos:
- Áudios, textos e outros materiais de uma pessoa real são enviados para um site;
- O sistema da YOV processa as informações e cria uma pessoa digital baseada nas interações registradas nos materiais;
- A pessoa que contratou os serviços da empresa pode finalmente interagir com a versão digital criada.
Atualmente, Harrison busca meios de financiar o empreendimento. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, no momento é possível utilizar o sistema por três dias gratuitos pelo preço de US$ 19,99 (cerca de R$ 100,00).
Do início da empreitada até agora, há 900 pessoas cadastradas no sistema. Harrison, porém, não revelou quantas efetivamente geraram versões digitais de outras pessoas.
Fonte: revistaoeste
