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STF torna Bolsonaro réu por suspeita de tentativa de golpe: decisão unânime

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Nesta quarta-feira, 26, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, por unanimidade, a e mais sete pessoas.

Dessa forma, o ex-presidente pode ser condenado, por suposta tentativa de golpe de Estado. Votaram pela aceitação da denúncia os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Fux, Dino, Cármen e Zanin seguiram o entendimento de Moraes, segundo o qual Bolsonaro liderava uma “organização criminosa estável” que usava a “ação coordenada” como estratégia.

Além disso, de acordo com Moraes, a PGR trouxe, na denúncia, “fatos criminosos, circunstâncias e qualificação dos acusados”. O magistrado  argumentou que o “arcabouço probatório foi produzido pela Polícia Federal de forma independente e autônoma à delação premiada” de Mauro Cid.

“Não é normal que um presidente que acabou de perder a eleição se reúna com comandante do Exército e da Marinha, e o ministro da Defesa, para discutir uma minuta de golpe, com controle de entrada e saída de pessoas do Palácio da Alvorada”, acrescentou.

Além de Bolsonaro, devem virar réus os seguintes nomes:

  1. , ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência;
  2. , ex-comandante da Marinha;
  3. , ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  4. , ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
  5. , ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
  6. , ex-ministro da Defesa;
  7. , ex-ministro da Casa Civil.
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Alexandre de Moraes, Cámen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino, em sessão da 1ª Turma, em 25/2/2025 | Foto: Rosinei Coutinho/STF

Ontem,

Apenas o ministro Luiz Fux acolheu a uma interpelação dos advogados: a que trata da competência do STF para julgar o caso.

Conforme Fux, o processo deveria ser julgado pelo plenário do STF, e não pela 1ª Turma, como está atualmente. “Pior do que o juiz que não sabe Direito é o juiz incoerente”, disse Fux, ao mencionar que a matéria de competência da Turma não é pacificada no STF.

O juiz do STF relembrou que, neste mês, votou sobre o assunto, mas foi vencido. Para ele, a questão do número de ações que já foram julgadas, como argumentou Moraes, não impede que a questão volte a ser debatida. “Peço licença para manter minha coerência que tive semana passada”, disse. “Estamos julgando pessoas que têm prerrogativa, e o local correto seria o plenário. O fato de que há inúmeras ações decorre exatamente de que o número de partes envolvidas é multitudinário.”

Fonte: revistaoeste

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