PolĂ­tica

Sindicalista critica tratamento do governo Lula: entenda a polĂȘmica

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Uma audiĂȘncia pĂșblica sobre reajuste entre o governo e servidores federais da educação na CĂąmara dos Deputados acabou se tornando palco para deliberaçÔes de cunhos polĂ­ticos e eleitorais, com direito a crĂ­ticas diretas de sindicalista ao presidente da RepĂșblica, Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT).

“Temos uma eleição agora em 2024, em que a extrema direita se organiza muito fortemente para ganhar espaço, visando 2026”, afirmou Leewertton Marreiro, do Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação BĂĄsica, Profissional e TecnolĂłgica (Sinasefe), delegado de greve da categoria, em audiĂȘncia na tarde desta Ășltima quinta-feira, 23. 

“E Ă© assim, tratando dessa forma a base, que estĂĄ espalhada em mais de 500 municĂ­pios por este paĂ­s. SĂŁo 687 campi de institutos federais. Mais 183 universidades federais. Lidamos com milhĂ”es de estudantes neste paĂ­s. NĂŁo merecemos ser tratados dessa forma”, declarou o sindicalista. 

Leewertton Marreiro chegou a falar, no momento em que se sentava à mesa de debate —em assento cedido pela deputada Sñmia Bomfim (Psol-SP) — que não seria o mandato dela que queria tomar. “Mas tem outros que nós temos de tomar”, afirmou, sendo aplaudido pelos presentes.

Desde o início de abril, mais da metade dos institutos federais estão em greve por reajustes salariais. São mais de 400 campi, além de mais de 20 universidades federais em paralisação pelo país, conforme dados do Sinasefe.

Em seu discurso, o sindicalista Leewertton Marreiro falou que “os sindicatos aprovaram o voto” no entĂŁo candidato Ă  PresidĂȘncia Luiz InĂĄcio Lula da Silva “para derrotar” Jair Bolsonaro (PL). Mas que o governo estaria “fora dos trilhos” ao supostamente beneficiar mais carreiras da segurança pĂșblica do que as da educação.

“O governo investiu, em mĂ©dia, para cada policial, R$ 56 mil”, disse. “Sabe quanto o governo estĂĄ oferecendo para os docentes? R$ 28 mil. Aos tĂ©cnicos administrativos em educação, R$ 14 mil. O que vai valer mais neste paĂ­s? A arma ou o livro?”

Declarou que o voto em Lula foi “para ter a valorização do livro, e não da arma” e que a crítica seria para que o governo voltasse “para os trilhos corretos da história, porque vai ser julgado por isso.”

“O que Ă© mais importante? Investir naqueles que desenvolvem a sociedade ou investir naqueles que prendem, perseguem e oprimem a sociedade?”, disse, em referĂȘncia aos policiais. 

Leewertton Marreiro alertou para o fato de que a oferta do governo foi um “ultimato.” “Infelizmente, fiquei muito triste. Dizer que não tinha mais negociação, oportunidade de diálogo e era pegar ou largar. Senti-me muito humilhado por isso, pelo governo que lutei muito para eleger.”

Fonte: revistaoeste

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