Imagine um copo sendo preenchido gota por gota. De início, quase nada muda. Mas, com o tempo, ele transborda. Assim também age o burnout. Ele não chega fazendo barulho. Pelo contrário: se infiltra sorrateiro, como quem não quer nada e, quando você percebe, está imerso em exaustão.
A médica e professora Juliane de Paula compartilhou nesta semana 6 sinais que merecem atenção. Pequenos indícios, quase imperceptíveis, mas que podem indicar que seu corpo e sua mente estão pedindo socorro.
Veja se você se identifica:
1. Tarefas simples ficam difíceis.
Sua mente parece mais lenta, como se estivesse caminhando em areia movediça. Aquilo que era automático exige esforço.
2. Esquecimentos se tornam frequentes.
Compromissos, prazos e até palavras comuns somem da memória como fumaça.
3. Falta de sentido.
Você sente que nada tem propósito e um certo distanciamento emocional começa a crescer, deixando tudo sem cor.
4. Reações desproporcionais.
Pequenas frustrações provocam grandes explosões. O pavio fica curto. A irritação, constante.
5. A autocrítica domina.
Nada do que você faz parece bom o bastante. Surge uma voz interna mais exigente e impiedosa.
6. Dores sem explicação.
A cabeça pesa. Os músculos doem. O estômago reclama. E nenhum exame encontra resposta.
Juliane explica: o burnout é sorrateiro. Ele se aproxima em silêncio, como um relacionamento que vai se desgastando devagar, até virar um peso. E o problema é que, muitas vezes, a gente normaliza demais por tempo demais.
“Uma mente mais lenta. Um pavio mais curto. Uma sensação de estar distante até de si mesmo. São sinais pequenos, mas insistentes. E quando ignoramos por muito tempo… o corpo grita”, diz a médica.
Mas há um caminho possível. E ele começa com dois passos simples:
🧭 Buscar ajuda.
🧠 Entender o que está acontecendo isso tem nome: psicoeducação.
Juliane ainda reafirma, cuidar de si não é um gesto grandioso. É um gesto contínuo. É acordar todos os dias e decidir dar um passo de cada vez.
Agora me diz: você se viu em algum desses sinais? Já pensou em pedir ajuda?
Fonte: primeirapagina