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ANGELO VARELA / ALMT
A 5ª edição do Simpósio “Desafios e Perspectivas” sobre autismo em Mato Grosso, realizado nesta quinta-feira (4), na Assembleia Legislativa, evidenciou o avanço do debate sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no estado, reunindo parlamentares, especialistas e representantes da sociedade civil para defender políticas públicas efetivas, inclusão escolar e maior compromisso institucional com as famílias autistas.
O deputado Wilson Santos (PSD) destacou que o evento mostrou o avanço do debate sobre o autismo em Mato Grosso, um tema praticamente ausente nas décadas passadas. Ele ressaltou que o autismo deve ser compreendido como um transtorno do neurodesenvolvimento, e não como uma doença, e que sua identificação precoce permite acesso a terapias que reduzem sofrimento, isolamento e risco de depressão.
Santos destacou que o Parlamento estadual tem dado atenção à questão do autismo. Segundo ele, há 14 leis de sua autoria e cerca de 30 leis elaboradas pelo Legislativo em vigor em Mato Grosso. O deputado defendeu que os instrumentos que ainda não produziram efeitos sejam ativados pelo Ministério Público, lembrando que a temática do autismo já faz parte da agenda dos Poderes, das instituições e dos orçamentos públicos municipais e estaduais.
Para o deputado, embora já existam “muitos avanços”, o autismo ainda é uma pauta relativamente nova para a sociedade e para as autoridades, o que demanda “simpósios, debates e discussões permanentes”. Wilson Santos afirmou que, em Mato Grosso, cerca de 40 mil pessoas foram identificadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e citou dados recentes do IBGE: o censo de 2022 registrou 2,4 milhões de brasileiros com diagnóstico de TEA, reforçando a necessidade de políticas públicas eficazes para garantir a inclusão e os direitos dessas pessoas.
A presidente do Instituto Psicossocial Renascer do Autismo (IPRA), Juliana Fortes, fez um relato pessoal ao afirmar que o sorriso do filho despertou nela um novo sentido para a vida, antes vivida “no piloto automático” e sem real compromisso com o próximo.
Durante sua fala, ela afirmou a necessidade de que Mato Grosso se torne referência nacional nas políticas voltadas ao espectro autista, ressaltando os avanços conquistados desde o primeiro simpósio realizado em 2019. Ela ainda fez críticas ao próprio movimento, alertando que não basta exigir leis: é preciso contribuir para sua efetiva implementação.
Juliana Fortes cobrou maior compromisso dos parlamentares com a causa relacionadas ao assunto, destacando que poucos políticos acompanham de fato a luta das famílias. Ela criticou discursos vazios e ressaltou que o instituto segue atuando “na raça, na fé e na coragem”, sem apoio do poder público ou privado.
“Todo deputado eleito tem responsabilidade com a população, independentemente de quem lhe concedeu o voto. A defesa das pessoas autistas não pode depender apenas de alguns parlamentares, mas de toda a Casa Legislativa”, afirmou Fortes.
O deputado Thiago Silva (MDB), coautor do requerimento para a realização da audiência pública, disse que há necessidade de transformar a inclusão em prática concreta nas escolas de Mato Grosso, defendendo investimentos em salas de recursos multifuncionais, formação continuada para professores, ampliação do acesso a terapias e atendimento multiprofissional na rede pública de ensino.
Ele reforçou que a inclusão deve constar no orçamento anual e ser prioridade do Estado; Silva repudiou qualquer forma de discriminação e capacitismo. Para o parlamentar, a sociedade e não a pessoa autista é quem deve se adaptar para garantir acolhimento e oportunidades. Ao comentar o tema do simpósio, “Desafios e Perspectivas”, afirmou que, embora os desafios sejam reais, os avanços são possíveis quando poder público, profissionais e famílias atuam juntos.
“Como presidente da Comissão de Educação da ALMT reitero o compromisso, ao lado dos deputados Wilson Santos, Diego Guimarães e Dr. João, de seguir apresentando projetos, fiscalizando ações e dialogando com famílias para construir políticas públicas que assegurem dignidade e desenvolvimento às pessoas com transtorno do espectro autista”, afirmou Thiago Silva.
A psicóloga clínica Michelle Malab, que é mãe de um menino autista e recebeu seu próprio diagnóstico já na vida adulta, compartilhou no Simpósio de uma reflexão sensível sobre os desafios e perspectivas do TEA.
Ela mencionou seu livro Menina Aspie: Autismo em meninas, que destaca as dores silenciosas vividas na infância e a incompreensão que ainda cerca pessoas autistas que se comunicam bem, frequentemente questionadas sobre a legitimidade de seus desafios.
Michelle afirmou que, apesar de serem “sobreviventes” das dificuldades enfrentadas ao longo da vida, seu desejo é que outras pessoas não precisem passar pelos mesmos obstáculos, reforçando a importância do acolhimento, da escuta e da ampliação da compreensão social sobre o autismo.
Fonte: al.mt.gov.br
Autor: Secretaria de Comunicação Social






