De 171 agências em 2022, o Sicredi passou para 192 em 2025, um aumento de 12,2% em Mato Grosso. O crescimento também se reflete na geração de empregos: o número de colaboradores saltou de 4.739 para 5.213, o que representa um avanço de 10% em apenas um ano.
O resultado coloca Mato Grosso entre as regiões com maior expansão dentro da Central Sicredi Centro Norte, que abrange ainda os estados do Pará, Rondônia, Acre, Amazonas, Amapá, Roraima e parte de Goiás. No total, a rede da Central cresceu 22% nos últimos três anos, passando de 292 para 357 agências.
Enquanto o mercado financeiro tradicional investe em automação e fecha agências físicas, o cooperativismo mostra que a aposta em pessoas e na presença local pode ser um diferencial competitivo — e sustentável.
Dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Crédito (Contec) revelam que os maiores bancos privados do país — Itaú Unibanco, Bradesco e Santander — encerraram 856 agências em 2024, ampliando o ritmo de fechamento registrado em 2023, quando 679 unidades foram desativadas.
Desde 2014, essas três instituições já eliminaram mais de 5 mil pontos físicos, movimento impulsionado pela digitalização e pela necessidade de cortar custos. O Bradesco lidera a redução, enquanto o Santander projeta diminuir entre 40% e 50% de sua rede ainda este ano.
Na contramão, o Banco do Brasil tem mantido estabilidade, reconhecendo que a presença física ainda é essencial em diversas regiões do país.
Já o Sicredi aposta em um modelo híbrido, que combina o avanço tecnológico com o atendimento presencial — mantendo o relacionamento próximo e a confiança como pilares da sua operação.
Com mais de 50 mil colaboradores no Brasil, o Sicredi tem feito do investimento em pessoas o centro da sua estratégia. A instituição foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, a Melhor Empresa para Trabalhar no Brasil na categoria Gigantes, segundo o ranking Great Place to Work (GPTW) 2025.
Entre os benefícios estão incentivos à formação e crescimento na carreira, participação nos lucros, plano de saúde, previdência privada e programas de desenvolvimento pessoal e de liderança.
De acordo com Francisco Lucena, gerente de Pessoas e Cultura da Central Sicredi Centro Norte, o reconhecimento reflete uma cultura organizacional voltada à valorização genuína das pessoas. “No Sicredi, acreditamos que construir uma sociedade mais próspera começa com olhar para as pessoas de forma integral. Valorizamos o contexto de vida de cada colaborador, entendendo que a carreira não se constrói apenas no ambiente de trabalho, mas nas escolhas que fazemos todos os dias”, afirma Lucena.
Francisco destaca que mais do que competências técnicas, é essencial haver conexão emocional com o propósito da empresa. Para ele, a certificação GPTW é resultado de uma soma de fatores, como um ambiente onde há orgulho de pertencer, confiança na liderança e relações genuínas entre colegas.
Para o diretor-presidente do Banco Cooperativo Sicredi e da Confederação Sicredi, César Bochi, o sucesso do modelo cooperativo está no equilíbrio entre a eficiência digital e a força do relacionamento humano.
“É importantíssimo investir em tecnologia e segurança, mas o cooperativismo entrega valor pelo olho no olho, pelas relações locais. Não temos um acionista exigindo dividendos a qualquer preço, o que nos permite crescer de forma sustentável, apostando nas pessoas e nas comunidades. Quando o associado prospera, a cooperativa cresce junto”, destacou Bochi.
O executivo reforça que o Sicredi tem presença em municípios pequenos — alguns com menos de 3 mil habitantes — onde o cooperativismo se torna um verdadeiro agente de desenvolvimento. Atualmente, o Sicredi é a única instituição financeira com presença física em mais de 200 municípios.
“Já vi histórias incríveis no interior de Mato Grosso, como produtores e empreendedores que começaram com o apoio da cooperativa e hoje geram empregos e renda. É isso que o cooperativismo faz: transforma realidades por meio de gente comprometida com o crescimento coletivo”, concluiu.
Fonte: leiagora