Com o avanço da tecnologia e a crescente urbanização, o estilo de vida das crianças mudou drasticamente nas últimas décadas. Brincadeiras ao ar livre deram lugar às telas, e a movimentação natural da infância foi substituída por longas horas de sedentarismo.
Essa mudança tem refletido diretamente na saúde dos pequenos, com índices alarmantes de obesidade infantil em ascensão no Brasil e no mundo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o incentivo à atividade física desde cedo é uma das estratégias mais eficazes para prevenir doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e colesterol alto. Além disso, promove o bem-estar físico e emocional.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara: crianças e adolescentes devem praticar pelo menos 60 minutos diários de atividade física moderada. No entanto, 3 em cada 4 adolescentes, com idades entre 11 e 17 anos, não cumprem essa orientação.
Mas a solução não está apenas em impor exercícios, e sim em tornar a atividade física algo prazeroso. Esportes em grupo, brincadeiras lúdicas e até caminhadas em família são formas eficientes de movimentar o corpo sem perder o aspecto da diversão.
Além do sedentarismo, outros fatores contribuem para a obesidade infantil: alimentação desbalanceada, distúrbios hormonais e genéticos, transtornos como ansiedade e depressão, e até a falta de sono. Por isso, o olhar sobre o problema precisa ser amplo e integrado, envolvendo família, escola e profissionais de saúde.
Adotar hábitos saudáveis desde a infância é um investimento para toda a vida. Estudos comprovam que crianças ativas têm mais chances de se tornarem adultos com menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Mais do que combater a obesidade, o movimento é por uma infância mais livre, saudável e feliz.
Fonte: primeirapagina