“Pode ter questões ideológicas, mas ninguém rasga dinheiro, principalmente quem vive de produzir e quem utiliza a matéria-prima que é produzida no Brasil para produzir também nos Estados Unidos”, disse César, na segunda-feira (14). “O que o Estado pode fazer em uma situação dessa? Só esperar bom senso por parte do governo federal. Quem representa o país é o governo federal”.
As declarações foram dadas em meio a tensão comercial entre Brasil e EUA, após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras. O secretário também relembrou situações semelhantes envolvendo China e Europa, mas afirmou que o desfecho sempre passou por um retorno ao pragmatismo comercial. Ele disse apostar no bom senso e na eficiência da diplomacia brasileira para contornar o impasse.
“Desde a posse do presidente Trump até agora, vimos esses movimentos em relação à China, à Europa. Depois, a diplomacia, com bom senso, senta e constrói as pontes que são necessárias.”
Miranda lembrou que, embora os EUA sejam um mercado relevante para Mato Grosso, o principal parceiro comercial do estado atualmente é a Ásia, especialmente China e países árabes, regiões que já estão na mira do governo federal como alternativa para escoar produtos afetados pelo tarifaço.
“O nosso grande parceiro comercial hoje é a China, a Ásia, o mundo árabe. Os Estados Unidos compram de Mato Grosso, compram também. Mas quem produz não rasga dinheiro. E comércio não se mistura com ideologia, nem do lado de lá, nem do lado de cá.”
Fonte: Olhar Direto